25/10/2007 - Jornal da Ordem
O juiz Edilson Rumbelsperger Rodrigues, 52 de idade, de Sete Lagoas (MG), disse ontem (24) que foi "mal-interpretado" nas sentenças em que considera inconstitucional a Lei Maria da Penha, um marco da defesa da mulher contra a violência doméstica.
Numa das sentenças - cujos principais trechos foram divulgados - Rodrigues se refere à lei como um "monstrengo tinhoso" e "um conjunto de regras diabólicas". Com o julgado, o juiz afirmou que estava "defendendo a mulher".
"Vocês mulheres são usadas em discurso de campanha e num feminismo que não faz vocês felizes", disse o magistrado, que é divorciado e está no segundo casamento.
Ele culpa, na sentença, a lei por tornar o homem um "tolo" e cita a Bíblia para dizer que a "desgraça" humana começa com a mulher.
Em nota divulgada nesta quarta(24), o juiz coloca a pergunta: "Tivesse eu me valido de poetas como Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto ou Guimarães Rosa (...) talvez não estaria também sendo criticado! Por que, então, não posso - ainda que uma vez na vida, outra na morte - citar Jesus, se é Ele o poeta dos poetas e o filósofo dos filósofos?".
Ao explicar o que quis dizer com "o mundo é e deve continuar sendo masculino ou de prevalência masculina", frase que consta da sentença, o juiz usou um exemplo.
Disse que, no caso de impasse entre um casal, numa situação doméstica, a posição do homem deveria prevalecer até posterior decisão da Justiça, já que "não será do agrado da esposa que fosse o inverso, porque, repito, a mulher não suporta o homem emocionalmente frágil, pois é exatamente por ele que ela quer se sentir protegida".
Ainda na nota, Rodrigues explica que considerou a lei inconstitucional por tratar apenas da mulher e ignorar a condição doméstica do homem.
Na nota de esclarecimento, o juiz, afirma não parecer justa uma punição contra ele. Ele diz que: "durante 17 anos de magistratura e 52 de vida, nunca violei meus princípios."
Numa das sentenças - cujos principais trechos foram divulgados - Rodrigues se refere à lei como um "monstrengo tinhoso" e "um conjunto de regras diabólicas". Com o julgado, o juiz afirmou que estava "defendendo a mulher".
"Vocês mulheres são usadas em discurso de campanha e num feminismo que não faz vocês felizes", disse o magistrado, que é divorciado e está no segundo casamento.
Ele culpa, na sentença, a lei por tornar o homem um "tolo" e cita a Bíblia para dizer que a "desgraça" humana começa com a mulher.
Em nota divulgada nesta quarta(24), o juiz coloca a pergunta: "Tivesse eu me valido de poetas como Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto ou Guimarães Rosa (...) talvez não estaria também sendo criticado! Por que, então, não posso - ainda que uma vez na vida, outra na morte - citar Jesus, se é Ele o poeta dos poetas e o filósofo dos filósofos?".
Ao explicar o que quis dizer com "o mundo é e deve continuar sendo masculino ou de prevalência masculina", frase que consta da sentença, o juiz usou um exemplo.
Disse que, no caso de impasse entre um casal, numa situação doméstica, a posição do homem deveria prevalecer até posterior decisão da Justiça, já que "não será do agrado da esposa que fosse o inverso, porque, repito, a mulher não suporta o homem emocionalmente frágil, pois é exatamente por ele que ela quer se sentir protegida".
Ainda na nota, Rodrigues explica que considerou a lei inconstitucional por tratar apenas da mulher e ignorar a condição doméstica do homem.
Na nota de esclarecimento, o juiz, afirma não parecer justa uma punição contra ele. Ele diz que: "durante 17 anos de magistratura e 52 de vida, nunca violei meus princípios."