Former *NSYNC star Lance Bass is reportedly
announcing that he is gay
in an exclusive interview with
People magazine.  (Sara De Boer/Retna)

Este é o namorado do Lance

Foto: Divulgação

O militante do Grupo Desobedeça GLBT, de Porto Alegre (RS), Roberto Seitenfus, 26, é candidato a deputado estadual pelo P-SOL. Seitenfus começou a militar aos 11 anos no Grêmio Estudantil da escola Paula Soares, em Porto Alegre. Foi só em 1999 que ele passou a integrar o movimento GLBT. Antes de formar o  Desobedeça, entidade onde milita atualmente, Seitenfus fez parte do Nuances – Grupo pela Livre Expressão Sexual.

Desde 2003, compõe a direção nacional da Central de Movimentos Populares, junto com mais 16 representantes do País. Entre suas principais propostas estão a criminalização da homofobia, a parceria civil entre homossexuais e volta das aulas de direitos humanos aos novos policiais na Academia de Polícia do Rio Grande do Sul. Leia entrevista.

Quais são suas propostas para a comunidade GLBT?
Nossas propostas são levar a luta do movimento GLBT, o que fazemos diariamente na coordenação do grupo Desobedeça GLBT e na organização da parada do Orgulho GLBT de Porto Alegre. Lutar pela criminalização da homofobia, pela parceria civil e no Estado pela volta das aulas de direitos humanos aos novos policiais militares na Academia de Policia do Rio Grande do Sul, que foram extintas pelo atual governo. Além disto, temos uma lei estadual e municipal em vários municípios que são desrespeitadas. Precisamos exigir respeito! Ter um parlamentar gay assumido ajuda na visibilidade e na luta pelos nossos direitos! Precisamos mudar a imagem que as pessoas têm dos homossexuais e trazer para o convívio diário a homossexualidade, como a heterossexualidade, mostrando que as diferenças existem e elas devem ser respeitadas! Existe um erro na forma de fazer política no movimento GLBT, principalmente nas paradas e em diversos grupos do movimento GLBT, tanto é que o número de homossexuais assassinados não tem diminuído, pelo contrário. Ou seja, mesmo com paradas enormes como SP, RJ e RS, a exclusão social, a diferenciação entre brancos e negros, homo e heterossexuais segue mais forte do que nunca!

Como pretende conquistar seus eleitores gays?
As pessoas da comunidade GLBT me conhecem há anos pelas intervenções nos clubes, na luta diária por respeito desde 1999 quando comecei a militar no primeiro grupo GLBT. Antes disso, era presidente do Grêmio Estudantil Paula Soares e conhecido na luta pela educação no Estado! O Grupo Desobedeça GLBT tem forte trabalho em todo o estado e muitos contatos. Diversas pessoas aderiram à campanha e somos uma das campanhas mais fortes do partido, o que impulsiona nossa luta interna também. O reconhecimento da comunidade é forte e isso possibilita um maior apoio, inclusive de casas noturnas que estão abrindo os palcos para chamar votos, além das principais artistas da noite apoiando!

Você sofreu resistência de seu partido para lançar sua candidatura?
Pelo contrário, o PSOL tem diversas candidaturas GLBT espalhadas pelo Brasil, só a corrente que faço parte, a Corrente Socialista dos Trabalhadores (CST), tem um militante em Brasília, o Fábio Félix, e eu aqui no RS, vinculados à luta GLBT, além do deputado federal Babá, que é candidato à reeleição no RJ e defensor do movimento há anos! A deputada Luciana Genro aqui no Estado e a senadora Heloísa Helena foram as primeiras pessoas que junto com meu camarada Babá pediram que fosse candidato. Aceitei pela primeira vez. Por ai você já tem uma noção do apoio que temos dentro do PSOL, não só em época de eleição, mas no debate e na construção do núcleo GLBT do PSOL durante toda sua trajetória. O PSOL é gay, lésbico, bissexual, travestí, transexual e transgênero!

Quais são as principais reivindicações da comunidade gay de seu Estado?
Acho que as reivindicações aqui e em qualquer lugar do mundo são por dignidade e respeito! Viver com tranqüilidade, sem medo de ser feliz com a pessoa que ama. Isso será dado por um lado com garantias de direitos civis, mas isso por si só não basta, é necessário mudar a sociedade e construir uma nova, onde não sejamos vistos por aquilo que temos, mas sim pelo ser humano que somos!

Como você vê a participação de gays, lésbicas e transexuais na política?
Acho que a participação não se deve dar apenas na política, mas no dia-a-dia do movimento GLBT. Acho que ser gay ou lésbica e se candidatar, apenas por ser GLBT, não basta! Se tenho a certeza de que é um problema social a discriminação, então tenho que votar em quem vai lutar por mudanças sociais, por emprego, saúde, educação pública gratuíta e de qualidade, além de direitos civis. Aqui em Porto Alegre, jovens vem sendo discriminados por serem homossexuais em um centro comercial, mas não apenas por isso, mas por terem poder aquisitivo menor. A participação se deve dar dentro dos movimentos, como os grupos GLBT, na impulsão de núcleos nos sindicatos e, assim, levar este debate para toda sociedade. Isso é fazer política e eleger representantes é fundamental para dar maior força e visibilidade!

Roberto do Desobedeça é candidato a deputado estadual pelo PSOL. Seu número é 50250.  

Minc 13170 – deputado estadual

Carlos Minc é deputado estadual, e autor da primeira lei da América latina que pune a discriminação contra homossexuais. A lei 3406 de 2000 serve como referencia para diversas leis dos direitos GLBT no Brasil. Ajuda a criar em 1999 o Disque Defesa Homossexual. Co-autor da lei 3786 de 2001. Lei essa que assegura a parceria civil para funcionários públicos homossexuais do estado, garantindo o direito de pensão para os companheiros deles. Destaca-se com a campanha do cumpra-se de suas leis. Minc, coordena-dor da Frente Parlamentar pela Livre Expressão Sexual do Rio, enfrenta na ALERJ, os moralistas e precon-ceituosos. Ele sempre é nosso parceiro de todas as horas. Sua reeleição para deputado estadual é uma garantia para nós GLBT.

 Cida 1313 – deputada federal

Cida Diogo é deputada estadual do Rio. Atua ao lado do deputado Carlos Minc, pela cidadania de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais (GLBT). Cida faz parte da Frente Parlamentar pela Livre Expressão Sexual do Rio. Participa com firmeza e delicadeza dos momentos mais importantes contra os preconceitos e a homofobia no Rio. Na Assembléia Legislativa se posiciona sem vacilar a favor de leis contra o preconceito e a discriminação. Defende ações contra a violência a mulher lésbica. Ela nos dá a segurança que será uma deputada federal comprometida com a causa homossexual no Câmara, onde atuará pela união civil e a criminalização da homofobia. Cida é medica, e afirma com ousadia e coragem que assumir a homossexualidade faz bem a saúde.

Jandira 651 – senadora

Jandira Feghali é deputada federal. Na Frente Parlamentar Mista pela Livre Expressão Sexual do Congresso tem destacada atuação nos direitos de GLBT. Enfrenta os conservadores, defendendo com veemência a criminalização da homofobia e a legalização da união civil. Na comissão da mulher se posiciona contra a violência as lésbicas e defende medidas para combatê-la. Junto a outros parlamentares e ao movimento GLBT, atuou para que o Programa Federal Brasil Sem Homofobia, criado em 2004 pelo Governo Lula, tivesse mais recursos para suas ações, chegando a quase 8 milhões para 2006. Os GLBT precisam de uma senadora de luta e comprometida com a defesa da cidadania de todos e de um Rio que respeite a diversidade.

Lula 13 - presidente

O Governo Lula assumiu o compromisso de criar políticas públicas para combater a violëncia e a discriminação contra GLBT, historicamente excluída das políticas governamentais. Em diálogo com o movimento GLBT o Governo criou o Programa Brasil Sem Homofobia, um conjunto de ações realizadas por ministérios e secretarias, que pela premeira vez, combatem o preconceito e a violëncia contra homossexuais e promovem valores de respeito a diversidade. Em diversas áreas o governo tem realizados ações para GLBT. O Ministério da Eduacção está realizando apoio a projetos de governos locais e gupos GLBT e outras ONG para a capacitaçao de professores para a diversidade sexual e combate a homofobia, promovendo valores de respeito as diferentes orientações sexuais e identidades de gënero. Ministério da Cultura o governo Lula apóia as Paradas do Orgulho GLBT e outras manisfestações da cultura GLBT, por considerá-las parte da nossa diversidade cultural. Na área de promoção da vida e do respeito à dignidade das pessoas, por meio da Secretaria Especial de Direitos Humanos que é responsável pela coordenação do programa Brasil Sem Homofobia e pela criação de centros de referëncia contra a violencia a GLBT em vários Estados. No Governo Lula foram criados espaços de interlocução com o movmento GLBT, por meio de grupos de trabalho, cämara técnicas e ou comissões que conta com a participação de ativistas GLBT nas áreas de saúde, direitos humanos, cultura e educação.  H ouve uma série de avanços no campo da política pública para a população GLBT no Governo Lula em comparação com os oito anos de Governo FHC. Para o combate a discriminaçao ainda carecemos de uma série de ações, apenas começamos. Por isso, que é tão importante releger Lula. 

Recentemente o Governo Lula apresentou na Reunião de Altas-Autoridades em Direitos Humanos de Países do Mercosul e Países Associados uma proposta de resolução para a realização de Seminário sobre Estratégias de Enfrentamento da Homofobia na região. A proposta brasileira foi aprovada e o Seminário dos Governos acontece em março de 2007, no Uruguai. O Programa Brasil sem Homofobia é a primeira iniciativa governamental para diversas áreas no âmbito das Américas para o combate a discriminação e violência contra GLBT. O papel do movimento GLBT nessa iniciativa, especialmente da ABGLT e de grupos a ela associados, foi fundamental para a construção do Programa, por outro lado continuará sendo ainda mais estratégico no monitoramento adequado e sistemático de suas políticas e na interlocução com o Governo Lula.

A candidatura Lula presidente reafirma o seu compromisso com o combate a homofobia lançando na semana passada o Programa Setorial para GLBT como parte dos seus compormissos para um futuro governo. 

Vladimir 13 - governardor

Vladimir Palmeira tem uma história de lutas no processo de democratização brasileira, desde a época da ditadura atuta pelos direitos humanos. Sempre teve atuaçao destacada na condução ética do fazer política. Tem defendido por meio de seu programa de governo propostas para a revitalizaçao ética, cultural, econömica e social do Estado do Rio de Janeiro. Se posiciona claramente contra a discriminação a negros e a GLBT no Estado. Assinou carta de compromisso com as reivindicações do Movimento GLBT do Rio de Janeiro, se comprometendo a criar o Programa Rio sem Homofobia e diversas políticas públicas para a promoção da cidadania GLBT. Tem defendido a importäncia de se resgatar o princípio da não vinculação entre Estado e religiões, princípio esse tão importante para se governar sem preconceito e discriminação. 

Um abraço,

Cláudio Nascimento

www.claudionascimento.blogspot.com