Perspectivas de gênero na discografia dos Mutantes (1968-1976)  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes

DEFESA DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
 
data: 25/02/08
horário: 10h
local: LEGH - Laboratório de Estudos de Gênero e História (CFH/UFSC)
 
Título
Perspectivas de gênero na discografia dos Mutantes (1968-1976)
 
Juliano Maliverni da Silveira
 
Banca:
Joana Maria Pedro / Orientadora
Maria Cristina de Oliveira Athayde - membro
Cristina Scheibe Wolff - suplente

Sufocamento em interrogatório não é tortura, diz Bush  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes

Presidente dos EUA diz que método é justificável para suspeitos de terrorismo.
Prisioneiros são pendurados de ponta-cabeça e têm os rostos mergulhados na água.
 
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, se referiu aos atentados de Londres de 7 de julho de 2005 para justificar uma técnica de interrogatório de suspeitos terroristas, conhecida como "waterboarding" (afogamento simulado), em entrevista concedida à rede de TV britânica BBC.

Bush disse que a informação obtida de supostos terroristas ajudou a salvar vidas e considerou que os familiares das vítimas daqueles ataques o entenderão.

O método, que causou grande polêmica já que é visto como uma forma de tortura, consiste em pendurar o prisioneiro de cabeça para baixo e descê-lo até o pescoço em um recipiente com água, causando a sensação de sufocamento.

No entanto, o presidente americano disse na entrevista exibida na madrugada desta sexta-feira (15) na "BBC World News America" que o "waterboarding" não é tortura e ameaçou vetar o projeto do Congresso que o proibiria.

Acrescentou que seu país atua em virtude da lei para interrogar e obter informação que permita proteger os EUA e outros países.

"Os EUA atuarão dentro da lei. Asseguraremo-nos de que os profissionais têm os instrumentos necessários para fazer seu trabalho dentro da lei", afirmou Bush.

"Alguns dirão que estes terroristas já não são um ameaça real contra os EUA. Eu não estou absolutamente de acordo", disse Bush.

O atentado de 2005

Nos atentados de 7 de julho de 2005 contra três trens do metrô de Londres e um ônibus urbano, 56 pessoas morreram - quatro delas terroristas suicidas - e cerca de 700 ficaram feridas.

Questão chinesa

Bush também disse que pretende assistir aos Jogos Olímpicos de Pequim, em agosto, e admitiu que mantém contatos regulares com o presidente da China, Hu Jintao. Disse que pedirá ao mandatário chinês que faça um esforço maior em relação à tragédia humanitária de Darfur, no Sudão.

"Vejo os Jogos Olímpicos como um evento esportivo", esclareceu o presidente.

Nos últimos dias, o cineasta Steven Spielberg, vários ganhadores do prêmio Nobel da Paz, atores, esportistas e parlamentares criticaram a China por sua política de apoio ao governo do Sudão.

Saiba mais

FONTE: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL300237-5602,00-SUFOCAMENTO+EM+INTERROGATORIO+NAO+E+TORTURA+DIZ+BUSH.html

Transexual muda nome de registro e sexo na documentação  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes

transexual vê seu sonho realizado
após conseguir mudar seu nome e sexo na identidade


A Assessoria Jurídica do grupo SOMOS - Comunicação, Saúde e Sexualidade, entidade de defesa e promoção dos Direitos Humanos de gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros de Porto Alegre, RS que desenvolve o Projeto Libertas, com apoio do Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde, garantiu, no início desse ano, mais uma vitória na Justiça para as transexuais, tornando-se referência em ações desse tipo.

A transexual Alexsandra Sander da Silva, (foto) 27 anos, coordenadora do galpão de reciclagem de lixo do loteamento Cavalhada viu reconhecido, pela Vara de Registros Públicos de Porto Alegre, seu direito à retificação de seu registro civil, alterando seu prenome masculino para feminino e, também, seu sexo de masculino para feminino.

Este foi o primeiro processo com esse teor defendido pelo SOMOS, tendo tramitado desde 2004 na Justiça gaúcha, mas que só agora chegou ao final, com sucesso. Segundo Gustavo Bernardes, advogado e presidente da instituição, "provavelmente a Justiça Gaúcha ainda não sabia como lidar com este tema, sendo um aprendizado tanto para o judiciário como para nossa instituição que já teve outras três vitórias e está com mais quatro casos em andamento na Justiça de mudança de prenome e sexo de transexuais", sintetiza Bernardes.

"Para mim foi uma vitória! Agora posso andar de cabeça erguida e tenho coragem para sair em busca da realização de meus outros sonhos", afirmou Alexsandra Silva.

Sugestão de fontes:
- Gustavo Bernardes/advogado e coordenador do grupo SOMOS Comunicação, Saúde e Sexualidade – cel: 51.8130.9002
- Alexsandra Silva/transexual: cel: 8109.3014

Alexandre Böer
Diretor da ABGLT para Região Sul
Jornalista e Coord. Projetos
SOMOS Comunicação, Saúde e Sexualidade
www.somos.org.br

Chega de silêncio: Praias de Florianópolis abrigam crimes contra as mulheres  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes

 
 
Em meio ao clima de férias, verão, praias lotadas e satisfação do setor turístico, tem-se a impressão de que as belas praias de Florianópolis são lugares isentos de problemas ligados à segurança pública. E é em meio a esta aparente tranqüilidade que situações de violência contra a mulher, que acontecem cotidianamente, permanecem silenciadas e distantes das prioridades do poder público.
Chamo a atenção para um triste episódio ocorrido na última segunda-feira, na praia Brava. Uma mulher estava correndo na praia, ao anoitecer, e foi atacada por um homem, que tentou estuprá-la. Ela reagiu, sofreu diversas agressões no rosto e em todo corpo, mas felizmente conseguiu escapar da tentativa de estupro. Assustada, chamou a polícia, contou o que havia acontecido e pediu ajuda para levá-la para casa, pois estava com medo de encontrar novamente o agressor. Porém, além da violência que sofreu, foi surpreendida pelo descaso da segurança pública, diante da seguinte resposta: "Polícia não é táxi, moça".
Só tive conhecimento deste episódio lamentável porque sou amiga da vítima e soube de toda história com detalhes. O medo, a raiva, a dor, a afronta à dignidade humana, são as únicas marcas que ficaram deste acontecimento. É oportuno dizer que o agressor não foi identificado e continua representando uma ameaça para as mulheres.
O caso é alarmante, porque não funciona de forma isolada. Outra mulher, na praia dos Ingleses, nesta mesma semana, teve um destino ainda mais trágico. Foi agredida, estuprada e morta, em um crime brutal que apavora e causa indignação às moradoras e visitantes da ilha.
Casos como estes se tornam ainda mais lamentáveis quando motivam perguntas sobre por que uma mulher teria saído sozinha à noite, que apenas reforçam posturas machistas e preconceituosas, considerando um pressuposto básico a existência de lugares e horários pré-determinados para homens e mulheres. Por vezes, este questionamento parece até funcionar como justificativa para atos criminosos como o estupro.
E impossível não se revoltar ou ao menos se sensibilizar com situações de violência, envolvendo pessoas conhecidas ou não, quando nos deparamos com a brutalidade e o desrespeito ao ser humano (neste caso, do sexo feminino) que caracterizam tais ações. Espera-se, no mínimo, que existam condições básicas de segurança nos espaços públicos e, no caso de algum crime acontecer, que a vítima conte com todo tipo de assistência e amparo legal. Lamentavelmente, o acesso a estes direitos elementares está longe de ser uma realidade nesta bela (e nem por isso justa) ilha.
Sabe-se que esta não foi a única – e, infelizmente, não será a última – vez que uma mulher é violentada. No Brasil, segundo dados do Portal Violência contra a Mulher, 69% das mulheres já foram agredidas ou violadas. Além disso, uma em cada dez mulheres sofre ao menos um estupro na vida, na maioria dos casos por homens conhecidos. E, ao se tomar como base os índices de agressões, tem-se uma mulher espancada a cada 15 segundos no País.
Diante disso, cabe a nós denunciarmos os casos de violência sexual contra a mulher e cobrarmos o compromisso do poder público com a segurança e a dignidade das mulheres. Afinal, somente superando o silêncio, lutando pela igualdade de gênero e pelo fim do preconceito e conquistando políticas publicas eficientes voltadas à garantia da cidadania plena das mulheres é que se pode romper com a tolerância em torno das práticas de violência.
 
Karina Janz Woitowicz

ONU discrimina Grupos GLBTs  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes

Advocacy Internacional

Associações Gays continuam a sofrer discriminação na ONU

O Comitê das Nações Unidas sobre Organizações Não-Governamentais reunido em Nova Iorque, Estados Unidos, no último dia 13 de fevereiro, recusou o status consultivo no Conselho Econômico e Social da ONU (ECOSOC) para três grupos de gays, lébicas e transexuais que permitiria às organizações da sociedade civil participar das sessões da ONU na qualidade de observador. 

O Ecosoc é o órgão coordenador do trabalho econômico e social da ONU, das agências especializadas e de outras instituições integrantes do Sistema das Nações Unidas. O conselho faz recomendações e promove atividades relacionadas ao desenvolvimento, comércio internacional, industrialização e recursos naturais. Além disso, está relacionado com questões sobre direitos humanos, condição da mulher, população, ciência e tecnologia, prevenção do crime e bem-estar social.

Em um empate durante votação, o comitê recomendou negar status consultivo da ECOSOC à federação GLBT espanhola - Federación Estatal de Lesbianas, Gays, Transexuales y Bisexuales (FELGTB). O comitê também adiou a consideração de duas outras federações nacionais de GLBT: COC (Cultuur en Ontspanningscentrum) da Holanda e ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais) do Brasil que foi adiada pela segunda vez. Ambas ONGs serão portanto reconsideradas na próxima sessão do comitê em maio.

As três organizações solicitaram status consultivo no ECOSOC na ONU, um status observador que permite às Organizações Não-Governamentais participarem das sessões da ONU.

Nas sessões de janeiro do comitê ONG ECOSOC 19 países revisam solicitações e recomendações que são então posteriormente aprovadas ou rejeitadas pela totalidade dos componentes do ECOSOC com 54 membros.

Beto de Jesus (ABGLT – Brasil) diz:
"O adiamento pela segunda vez é obviamente frustrante. Esperamos que nossa associação se torne a primeira do hemisfério sul a representar oficialmente e permanentemente a voz dos gays, lébicas, bissexuais e transexuais em um fórum das Nações Unidas" diz Beto de Jesus que representa a ABGLT, uma federação que congrega mais de 200 grupos GLBT no Brasil. "O fato de termos sido apresentados a uma longa lista de questões às vésperas da revisão de nossa solicitação mostra novamente quão determinada é a oposição à participação".

Joyce Hamilton (COC – Holanda) diz:
"Foi uma primeira experiência traumática na ONU, uma organização que se supõe criada para salvaguardar os direitos e a dignidade de cada ser humano. Esta discriminação flagrante estrutural contra as organizações GLBT mostra a necessidade de uma batalha contínua neste nível. É importante continuar a dialogar com os Estados Membros mais conservadores pelo reconhecimento dos direitos GLBT como direitos humanos e a necessidade de reconhecer a diversidade da população mundial. Status consultivo capacitaria a COC a dirigir-se ao fato de que as Nações Unidas não podem aceitar uma sociedade onde as pessoas sejam discriminadas e marginalizadas com base em sua orientação sexual ou de identidade de gênero. Isto certamente fortaleceu nossa motivação em continuar a lutar".

A federação Espanhola (que também foi adiada previamente) recebeu uma recomendação negativa numa votação empatada. O Comitê ONG somente procedeu a votação do pedido da FELGTB após derrotar uma moção do Egito, Paquistão e Catar para novamente adiar a solicitação. A moção para conceder status foi derrotada numa votação empatada de 7 votos Sim, 7 votos Não, 4 abstenções e um não presente (votar uma moção para conceder que resulta em empate conta como voto para não conceder). Isto é uma grande melhoria quando comparada com os votos para ILGA e LBL dois anos atrás que perderam por uma margem de 9 votos Não contra 5 votos Sim.

Total de votos para se conceder o status consultivo:

• Sim: Colômbia, Dominica, Israel, Peru, Romênia, Reino Unido, Estados Unidos.
• Não: Burundi, China, Egito, Paquistão, Catar, Rússia, Sudão.
• Abstenções: Angola, Guiné, Índia, Turquia
• Não presente: Cuba

Toni Poveda e Sylvia Jaén, Presidente e Secretária geral da FELGTB
tiveram que responder a mais de 20 questões sobre aspectos organizacionais da associação, posições políticas e ainda foram chamados a esclarecer as obrigações da federação com os direitos das crianças.

Eles obviamente lamentam que a recomendação tenha sido negativa mas reconhecem o quanto esta votação permitiu à FELGTB que seu pedido alcançasse o próximo estágio: uma votação sobre esta recomendação pela totalidade da ECOSOC na sessão de julho.

Toni Poveda (FELGBT – Espanha) diz:
"Até mesmo receber esta recomendação negativa no comitê ONG hoje foi difícil. Representantes do Egito, Paquistão e Catar constantemente vinham com questões adicionais para nós e afirmavam que proceder a uma votação sobre conceder ou não o status consultivo ao grupo – antes de todas as questões estarem respondidas – constituiria tratamento preferencial a esta ONG. Reino Unido, Romênia, e outros discordaram, considerando que o comitê ONG havia recebido informação suficiente a fim de tomar as decisões durante esta sessão. A sessão mostrou claramente como os direitos dos GLBT's estão na última fronteira no campo dos direitos universais do homem".

Do seu lado, Sylvia Jaén (FELGTB) desejava mencionar "o grande suporte que tivemos da comissão permanente da Espanha nas Nações Unidas. Eles se engajaram em muitas conversações diplomáticas e leram uma declaração de apoio do governo espanhol. Há claramente um grupo de países neste comitê que insiste em bloquear as solicitações de grupos GLBT sessão após sessão, impedindo-os de alcançar a totalidade do ECOSOC onde suas posições não são a maioria. Nós obtivemos sucesso em ultrapassar estas barreiras mas infelizmente nossos amigos holandeses e brasileiros não".

A natureza das questões respondidas pelos defensores dos direitos GLBT repetidamente tentavam ligar homossexualidade e pedofilia, simplesmente mostrando quão distante está oposição a colocar obstáculos aos grupos GLBT em seu caminho por reconhecimento como membros da sociedade civil.
Nos comentários finais, o Reino Unido afirmou que o comitê ONG discriminava os pedidos dos grupos GLBT e que era direito destas comunidades terem suas vozes ouvidas na ONU. Romênia também lamentou o resultado da segunda moção e o fato de que o comitê ONG "se envolveu num flagrante ato de discriminação hoje", e pontuou o modelo estabelecido para organizações GLBT serem rejeitadas no comitê ONG e então aprovadas no plenário da ECOSOC, mostrando como o comitê ONG lidera esta prática.

Philipp Braun, co-secretário geral da ILGA, Organização Internacional de Gays e Lésbicas diz:
"A comunidade GLBT está claramente ganhando campo nas Nações Unidas como mostrado pelo aumento do suporte de países que antes eram hostis às recomendações GLBT. Há dois anos estávamos numa posição muito mais difícil no comitê ONG e mesmo uma votação empatada era um sonho. A ILGA quer agradecer aos países que apoiaram estas ONGs no comitê. Congratulações aos ativistas da ABGLT, COC e FELGTB que atuaram corajosamente pela busca de seu espaço na ONU. ILGA também deseja agradecer Adrian Coman da Comissão Internacional de Direitos Humanos de Gays e Lésbicas (IGLHRC) pelo suporte e apoio junto ao comitê".

Informações de suporte:

Em 2005 ILGA iniciou sua "Campanha ECOSOC", uma iniciativa com o objetivo de permitir que defensores dos direitos GLBT tivessem representação na ONU "em seu próprio nome", tentando que grupos GLBT de diversos países solicitassem status no ECOSOC.

Em 2006 e 2007, após dura e demorada consideração pelo ECOSOC, o status consultivo foi concedido a cinco organizações GLBT: ILGA-Europe, regional européia da International Lesbian and Gay Association, as federações GLBT nacionais da Dinamarca, Suécia e Alemanha (LBL, LSVD e RFSL) e Gay and Lesbian Coalition of Quebec, CGLQ. Este desenvolvimento já permitiu a membros da ILGA dirigir-se ao plenário do Conselho dos Direitos Humanos (HCR), que levou o Alto Comissário para os Direitos Humanos Louise Arbour apoiar os direitos GLBT neste fórum. A ILGA tem facilitado a presença de ativistas GLBT no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas desde 2004.

Grupos de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais ainda experimentam discriminação no acesso o status consultivo da ONU  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes

Nova York, Estados Unidos – 11 de fevereiro de 2008. O Comitê das Nações Unidas sobre Organizações Não-Governamentais recusou o status consultivo no Conselho Econômico e Social da ONU (ECOSOC) para três grupos de gays, lébicas e transexuais. Em um empate durante votação, o comitê recomendou negar status consultivo da ECOSOC à federação GLBT espanhola - Federación Estatal de Lesbianas, Gays, Transexuales y Bisexuales (FELGTB). O comitê também adiou a consideração de duas outras federações nacionais de GLBT: COC (Cultuur en Ontspanningscentrum) da Holanda e ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais) do Brasil que foi adiada pela segunda vez. Ambas ONGs serão portanto reconsideradas na próxima sessão do comitê em maio.

As três organizações solicitaram status consultivo no ECOSOC na ONU, um status observador que permite às Organizações Não-Governamentais participarem das sessões da ONU.

Nas sessões de janeiro do comitê ONG ECOSOC 19 países revisam solicitações e recomendações que são então posteriormente aprovadas ou rejeitadas pela totalidade dos componentes do ECOSOC com 54 membros.

Beto de Jesus (ABGLT – Brasil) diz:
"O adiamento pela segunda vez é obviamente frustrante. Esperamos que nossa associação se torne a primeira do hemisfério sul a representar oficialmente e permanentemente a voz dos gays, lébicas, bissexuais e transexuais em um fórum das Nações Unidas" diz Beto de Jesus que representa a ABGLT, uma federação que congrega mais de 200 grupos GLBT no Brasil. "O fato de termos sido apresentados a uma longa lista de questões às vésperas da revisão de nossa solicitação mostra novamente quão determinada é a oposição à participação".

Joyce Hamilton (COC – Holanda) diz:
"Foi uma primeira experiência traumática na ONU, uma organização que se supõe criada para salvaguardar os direitos e a dignidade de cada ser humano. Esta discriminação flagrante estrutural contra as organizações GLBT mostra a necessidade de uma batalha contínua neste nível. É importante continuar a dialogar com os Estados Membros mais conservadores pelo reconhecimento dos direitos GLBT como direitos humanos e a necessidade de reconhecer a diversidade da população mundial. Status consultivo capacitaria a COC a dirigir-se ao fato de que as Nações Unidas não podem aceitar uma sociedade onde as pessoas sejam discriminadas e marginalizadas com base em sua orientação sexual ou de identidade de gênero. Isto certamente fortaleceu nossa motivação em continuar a lutar".

A federação Espanhola (que também foi adiada previamente) recebeu uma recomendação negativa numa votação empatada. O Comitê ONG somente procedeu a votação do pedido da FELGTB após derrotar uma moção do Egito, Paquistão e Catar para novamente adiar a solicitação. A moção para conceder status foi derrotada numa votação empatada de 7 votos Sim, 7 votos Não, 4 abstenções e um não presente (votar uma moção para conceder que resulta em empate conta como voto para não conceder). Isto é uma grande melhoria quando comparada com os votos para ILGA e LBL dois anos atrás que perderam por uma margem de 9 votos Não contra 5 votos Sim.

Total de votos para se conceder o status consultivo:

· Sim: Colômbia, Dominica, Israel, Peru, Romênia, Reino Unido, Estados Unidos.
· Não: Burundi, China, Egito, Paquistão, Catar, Rússia, Sudão.
· Abstenções: Angola, Guiné, Índia, Turquia
· Não presente: Cuba

Toni Poveda e Sylvia Jaén, Presidente e Secretária geral da FELGTB
tiveram que responder a mais de 20 questões sobre aspectos organizacionais da associação, posições políticas e ainda foram chamados a esclarecer as obrigações da federação com os direitos das crianças.

Eles obviamente lamentam que a recomendação tenha sido negativa mas reconhecem o quanto esta votação permitiu à FELGTB que seu pedido alcançasse o próximo estágio: uma votação sobre esta recomendação pela totalidade da ECOSOC na sessão de julho.

Toni Poveda (FELGBT – Espanha) diz:
"Até mesmo receber esta recomendação negativa no comitê ONG hoje foi difícil. Representantes do Egito, Paquistão e Catar constantemente vinham com questões adicionais para nós e afirmavam que proceder a uma votação sobre conceder ou não o status consultivo ao grupo – antes de todas as questões estarem respondidas – constituiria tratamento preferencial a esta ONG. Reino Unido, Romênia, e outros discordaram, considerando que o comitê ONG havia recebido informação suficiente a fim de tomar as decisões durante esta sessão. A sessão mostrou claramente como os direitos dos GLBT's estão na última fronteira no campo dos direitos universais do homem".

Do seu lado, Sylvia Jaén (FELGTB) desejava mencionar
"o grande suporte que tivemos da comissão permanente da Espanha nas Nações Unidas. Eles se engajaram em muitas conversações diplomáticas e leram uma declaração de apoio do governo espanhol. Há claramente um grupo de países neste comitê que insiste em bloquear as solicitações de grupos GLBT sessão após sessão, impedindo-os de alcançar a totalidade do ECOSOC onde suas posições não são a maioria. Nós obtivemos sucesso em ultrapassar estas barreiras mas infelizmente nossos amigos holandeses e brasileiros não".

A natureza das questões respondidas pelos defensores dos direitos GLBT repetidamente tentavam ligar homossexualidade e pedofilia, simplesmente mostrando quão distante está oposição a colocar obstáculos aos grupos GLBT em seu caminho por reconhecimento como membros da sociedade civil.
Nos comentários finais, o Reino Unido afirmou que o comitê ONG discriminava os pedidos dos grupos GLBT e que era direito destas comunidades terem suas vozes ouvidas na ONU. Romênia também lamentou o resultado da segunda moção e o fato de que o comitê ONG "se envolveu num flagrante ato de discriminação hoje", e pontuou o modelo estabelecido para organizações GLBT serem rejeitadas no comitê ONG e então aprovadas no plenário da ECOSOC, mostrando como o comitê ONG lidera esta prática.

Philipp Braun, co-secretário geral da ILGA, Organização Internacional de Gays e Lésbicas diz:
"A comunidade GLBT está claramente ganhando campo nas Nações Unidas como mostrado pelo aumento do suporte de países que antes eram hostis às recomendações GLBT. Há dois anos estávamos numa posição muito mais difícil no comitê ONG e mesmo uma votação empatada era um sonho. A ILGA quer agradecer aos países que apoiaram estas ONGs no comitê. Congratulações aos ativistas da ABGLT, COC e FELGTB que atuaram corajosamente pela busca de seu espaço na ONU. ILGA também deseja agradecer Adrian Coman da Comissão Internacional de Direitos Humanos de Gays e Lésbicas (IGLHRC) pelo suporte e apoio junto ao comitê".


Informações de suporte:

Em 2005 ILGA iniciou sua "Campanha ECOSOC", uma iniciativa com o objetivo de permitir que defensores dos direitos GLBT tivessem representação na ONU "em seu próprio nome", tentando que grupos GLBT de diversos países solicitassem status no ECOSOC.

Em 2006 e 2007, após dura e demorada consideração pelo ECOSOC, o status consultivo foi concedido a cinco organizações GLBT: ILGA-Europe, regional européia da International Lesbian and Gay Association, as federações GLBT nacionais da Dinamarca, Suécia e Alemanha (LBL, LSVD e RFSL) e Gay and Lesbian Coalition of Quebec, CGLQ. Este desenvolvimento já permitiu a membros da ILGA dirigir-se ao plenário do Conselho dos Direitos Humanos (HCR), que levou o Alto Comissário para os Direitos Humanos Louise Arbour apoiar os direitos GLBT neste fórum. A ILGA tem facilitado a presença de ativistas GLBT no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas desde 2004.

Contato: Stephen Barris / ILGA
Tradução: Fabiano Bianchi

www.ilga.org

Abertas inscrições para o VII Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes

Estão abertas as inscrições para a apresentação de trabalhos e solicitação de bolsas para o VII Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids, que acontecerá em Florianópolis, Santa Catarina, no período de 25 a 28 de junho de 2008. O prazo para apresentação de trabalhos e solicitação de bolsas vai até 10 de março de 2008. Os formulários e outras informações podem ser acessados no site:  www.aids.gov.br/congressoprev2008.
 
O Congresso é uma iniciativa do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde, em parceria com a Secretaria Estadual de Saude de SC e a Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis. O tema central desta sétima edição é "Município-mundo". O objetivo é explorar as relações entre o global e o local na formulação de respostas dirigidas ao enfrentamento da epidemia de Aids e das demais Doenças Sexualmente Transmissíveis no campo da saúde pública.
 
A programação engloba mesas-redondas, conferências, oficinas, rodas de conversa e atividades pré-congresso, além da apresentação de trabalhos nas comunicações coordenadas e nas sessões de pôsteres. Fazem parte também da programação atividades culturais desenvolvidas no campo da prevenção, que serão realizadas durante todos os dias do evento.  O evento tem um público previsto de 3.800 participantes, entre gestores, trabalhadores da saúde, educadores, ativistas, estudantes, pesquisadores, instituições governamentais e não-governamentais.
 
Realizado bianualmente desde 1996, o congresso vem se firmando como o principal fórum de debates no campo da prevenção das doenças sexualmente transmissíveis e da Aids no país, influenciando a formulação de políticas públicas intersetoriais, as estratégias locais construídas no âmbito da resposta brasileira à epidemia de Aids, a inter-relação entre acesso à saúde e promoção dos direitos humanos e o fortalecimento do Sistema Único de Saúde.
 
Estão previstos atividades paralelas, como o "Prêmio Município-Mundo de Fotografia" e uma exposição em homenagem ao escritor gaúcho Caio Fernando Abreu. A programação prevê ainda diversos eventos no período do pré-congresso, a partir do dia 24 de junho, que incluem a realização da III Mostra Saúde e Prevenção nas Escolas, a II Mostra Brasil Afroatitude, além de reuniões, fóruns e cursos sobre temas pertinentes à temática do Congresso.
O prazo para apresentação de trabalhos e solicitação de bolsas iniciou-se em 17 de dezembro de 2007. As propostas deverão ser enviadas pelo site www.aids.gov.br/congressoprev2008. Neste mesmo local, é possível obter maiores informações sobre a programação, eventos paralelos e eventos culturais. O site do congresso será periodicamente atualizado com novas informações sobre o evento e, em breve, estará disponível em espanhol.
Mais informações
Programa Nacional de DST e Aids
Assessoria de Imprensa
Telefones: 55 (61) 3448-8100 / 8088
Fax: 55 (61) 3448-8090
 

Fazendo Gênero 8 - divulgação  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes


 Fazendo Gênero 8

 

Corpo, Violência e Poder

 

 

Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008

 

 

 

Cronograma e chamada para

 

 PROPOSTAS DOS SIMPÓSIOS TEMÁTICOS

 

 

 

Estamos organizando mais um fazendo gênero, que, nesta edição, terá como tema Corpo, violência e poder entendemos que a conjuntura sócio-política está nos convocando, enquanto pesquisadoras, a revisitar estes temas clássicos dos movimentos feministas e dos estudos de gênero: as lutas a favor do aborto legal e/ou da descriminalização do aborto (no Brasil, no Uruguai, na Argentina, em Portugal, etc.),as fortes reações conservadoras a estas, a politização do tema da violência conjugal, no caso do Brasil, propiciada pela Lei Maria da Penha, os processos de reconhecimento judicial de parcerias homossexuais e o acirramento da homofobia, os dilemas éticos envolvidos nas decisões médicas e judiciais relacionadas às novas tecnologias da reprodução, os paradoxos das novas diásporas internacionais envolvendo dimensões étnicas, de classe e de gênero, a "feminização" da pobreza, as barreiras das mulheres no acesso e no exercício dos poderes institucionais, os avanços e as reações as políticas de cotas.

 Neste momento, estamos divulgando o CRONOGRAMA DE ORGANIZAÇÃO DO FAZENDO GÊNERO 8, abrindo o processo de INSCRIÇÃO DE PROPOSTAS DE SIMPOSIOS TEMÁTICOS, formato que revelou-se adequado aos desejos das participantes do ultimo Seminários, em 2006. Vejam abaixo o cronograma abaixo e, se possível, ajudem-nos a divulgá-lo de forma a garantir a ampla e qualificada participação.

 

 De 3 de dezembro/2007 até 3 de março/2008:  envio de propostas para Seminários Temáticos

17 de março – divulgação dos Simpósios Temáticos selecionados

De 17 de março até 5 de maio de 2008: inscrição de trabalhos(com resumos)nos Simpósios Temáticos

19 de maio – divulgação dos trabalhos aceitos para a composição dos simpósios;

25 de junho – prazo limite para o envio de texto integral do trabalho, para publicação em Anais eletrônicos.

 

 

Maiores informações pelo endereço:

Fazendogenero8@gmail.com

ou pelo telefone 0(48) 3721 8211 ( período da tarde)

Em breve estaremos divulgando o site do evento.