O que você responderia???? O Pampa merece uma indústria de celulose?  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes

Enquete do jornal Agora
 
Sobre a implantação da indústria de celulose na Metade Sul, você é...
Não sei, pois falta mais informação sobre o assunto.
...contra, pois prejudica o bioma pampa.
...a favor, pois traz desenvolvimento à região e não prejudica o ambiente.
...a favor, pois traz desenvolvimento à região.

Carta que publiquei no jornal Agora em Rio Grande  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes


Dunas

Olá! Moro no Cassino desde 2004. Sou biólogo e curso o Mestrado em Educação Ambiental na Furg. Como adorador da cidade, tenho algumas reflexões para dividir com os leitores do Agora. Dizem respeito ao uso das dunas do Cassino e da praia para lazer e locomoção de pessoas. As dunas são um ecossistema único, exuberante em sua beleza e ameaçado com a urbanização do Cassino. Neste verão, já teremos novas ruas calçadas, duplicação da estrada e a tendência é que a urbanização se intensifique a cada ano. Visando à redução do impacto no ecossistema das dunas, nós, cidadãos, devemos avaliar estratégias de conservação dos biomas e suas características, visando à garantia de um meio ambiente equilibrado para as futuras gerações como afirma a Constituição. Contribuindo para o debate, tenho sugestões:A primeira delas é que sejam construídas novas passarelas de acesso à praia e seja sugerido aos banhistas estas como via de acesso. Este investimento, que não é tão oneroso, possibilitaria o trânsito de pessoas com o mínimo impacto nas dunas. Não haveria pisoteio da vegetação e dos túneis dos tuco-tucos, e distúrbios oriundos da grande quantidade de banhistas no verão. As passarelas possibilitariam um olhar privilegiado sobre a paisagem, um possível atrativo turístico do Município que, com essa ação, assume suas responsabilidades ambientais. Outra questão é a imediata proibição do trânsito de veículos na praia. Estes liberam óleos e substâncias tóxicas, além de ruídos para o meio ambiente e, em alta escala como ocorre no verão, alteram a dinâmica das dunas. Outra vantagem desta proibição é a garantia de uma estética agradável para o banhista, que não deve ter naquele espaço as preocupações com trânsito, e sim, desfrutar de tamanha harmonia e contato com a natureza. Façam um teste: perguntem aos mais velhos que conheceram o Cassino 30, 40, 50 anos atrás sobre as diferenças das dunas ontem e hoje. Salvar as dunas é garantir qualidade de vida para nossos filhos e netos. Acesse a praia pela passarela, recolha sempre seu lixo e não leve carro, ícone do estresse da cidade, para o dia de convívio pleno com a natureza nesta praia tão bela que é o Cassino.

Felipe Bruno Martins Fernandes - Biólogo – Mestrando em Educação Ambiental

complex.lipe@gmail.com

Fonte: http://www.jornalagora.com.br/site/index.php?caderno=29&noticia=23855

Faça o download de Vigiar e Punir de Michel Foucault  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes

Caros colegas e pesquisadores,

Existe um link onde podemos fazer o download da obra Vigiar e Punir de Michel Foucault.

Um orkutiano - Sérgio - me indicou e acho que vale a pena para todos nós. O download demora um pouquinho, então tenham paciência!!!

Clique ou copie e cole o link:
http://rapidshare.com/files/7070992/Michel_Focault_-__Vigiar_e_Punir.pdf.html

Abrindo a página, vá em baixo no quadro e clique na palavra FREE.

Vai começar uma contagem regressiva.

Quando a contagem regressiva acabar abre na mesma página uma janelinha para você digitar um código com números e letras.

Depois de digitar, é só clicar em upload, e baixar o arquivo, salvando onde vc quizer.

Deixem comentários... Foi tranquilo o procedimento?

Bush elogia gravidez da filha gay de vice-presidente  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes


Controvérsia


Bush elogia gravidez da filha gay de vice-presidente
Por Redação


15/12/2006 18:45


Contrariando suas próprias declarações do ano passado, em que disse que o ideal é que uma criança tenha um pai e uma mãe, o presidente americano George Bush disse que a filha lésbica do vice-presidente, Dick Cheney, será uma “ótima mãe”."Acho que Mary amará muito o filho. E estou feliz por ela", declarou Bush numa entrevista à "People". Mary Cheney, 37, está esperando seu primeiro bebê, que deve nascer até o meio do ano que vem.


Bush deu apoio a uma emenda constitucional que proibiria os casamentos homo afetivos, mas o Congresso não aprovou. "Acredito que as crianças podem receber amor de casais gays, mas o ideal é - e estudos mostraram isso - que uma criança seja criada por um casal casado, com um homem e uma mulher", disse o presidente ao "New York Times" em 2005.


Encontro Afro-GLBT  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes

Dia Horário Agenda Participantes
15.12

(sexta)

10h00m às 14h30m Credenciamento para I Encontro Nacional de AfroLGBT e chegada de participantes Participantes Cadastrados
15.12

(sexta)

12h30m às 14h30m Almoço Participantes credenciados e com tíquetes de refeição
15.12

(sexta)

15h00m às 17h00m Plenária de apresentação, debate e aprovação do regimento interno do Encontro. Participantes credenciados.
15.12

(sexta)

19h30m às 21h30m Cerimônia de Abertura  

Pocket Show da cantora Leila Maria 

Mesa:

Carlos MagnoCELLOS/MG e ABGLT

Carlos Minc – Deputado Estadual-RJ

Cida Diogo – Deputada Federal-RJ

Cláudio Nascimento – ABGLT e Rede AfroLGBT

Denise Pacheco – SEPPIR

Denise Pacheco – SEPPIR

Heliana Hemetério – Grupo Arco-Íris e Rede AfroLGBT.

Ivair Augusto – CNCD - SEDH

Ivanir do Santos – CEAP-RJ

José Marmo – Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde

Jussara Bernardes – Grupo Arco-Iris-RJ

Karen Bruck – PN-DST/Aids

Lili Andersen - Astraes

Lucia Xavier – Criola e Articulação de Mulheres Negras

Márcia Cabral – Minas de Cor e Rede Afro LGBT

Odézia Rodrigues – Sindicatos dos Enfermeiros - SP

Perly Cipriano – SEDH-PR

Yone Lindgren – ABL – Movimento D´ellas 

Performance da transformista Roberta Di Summer 

Apresentação do Grupo de Arte Ilêofé com direção e coreografia de Charles Nelson

Participantes credenciados e Convidados
15.12

(sexta)

21h30m às 23h00m Jantar de Boas Vindas Participantes e convidados com tíquetes de refeição
16.12

(sábado)

08h30m às 10h30m Oficinas 

1 - Assumir-se na perspectiva GLBT – Julio Moreira - Grupo Arco-Iris

2 - Homofobia – Marcio Caetano - Grupo Arco-Iris

3 - ONU e MERCOSUL e Direitos dos GLBT - Beto de Jesus – IEN-SP

4 – Culturas e Religiões de Matrizes Africanas – Rosangela Castro – Grupo Felipa de Souza-RJ

Participantes inscritos previamente na oficina
16.12

(sábado)

10h30m às 12h30m Oficinas  

5 - Gênero e Sexualidade – Heliana Hemetério – Grupo Arco-Íris

6 - Assumir-se na perspectiva negra – Negra Cris - Universidade de Alagoas;

7 - Juventude – Edmilson Medeiros - CORSA-SP e Cristiano Batista – CELLOS-MG

8 – Brasil Sem Homofobia – Cláudio Nascimento – Grupo Arco-Iris-ABGLT

Participantes inscritos previamente na oficina
16.12

(sábado)

12h30m às 13h45m Almoço Participantes com tíquetes de refeição
16.12

(sábado)

13h45m às 15h30m Painel 1: Racismo, Sexismo e Homofobia 

Gláucia Almeida – UNISUAM

Ivanir dos Santos – CEAP

Marcelo Cerqueira – GGB

(apresentação e debate) 

Coordenação: Heliana Hemetério – Grupo Arco-Íris

Participantes credenciados
16.12

(sábado)

15h30m às 17h15m Painel 2: Resgatando nossas histórias 

Cidinha Silva – Instituto Kuanza

José Marmo – Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde

Nádia Nogueira – UNICAMP

Paulo Roberto – Conselho Estadual de Direitos Humanos - SEDH-RJ

(apresentação e debate) 

Coordenação: Milton Santos - Estruturação- Grupo LGBT – DF

Participantes Credenciados
16.12

(sábado)

17h15m às 17h30m Intervalo para café e descanso Participantes Credenciados
16.12

(sábado)

17h30m às 19h00m Construindo a Rede AfroLGBT I: Concepção e Princípios 

César Gomes – Identidade de Campinas

Cláudio Nascimento – Grupo Arco-Iris e Rede LGBT

Márcia Cabral – Grupo Minas de Cor - SP

(apresentação e debate) 

Coordenação: Leonardo Henrique – GRADELOS-MT

Participantes Credenciados
16.12

(sábado)

19h00m às 21h00m Diálogos Fluminenses (Grupo Criola e Grupo Arco-Íris) 

Protagonismo e Participação Política na garantia de direitos e fortalecimento da cidadania. 

Fernanda Benvenut – ASTRAPA-PB

Lucia Xavier – Grupo Criola

Marcelo Cerqueira – GGB-BA

Marcio Caetano – Grupo Arco-Íris

Soraya Menezes – ALEM-MG 

(apresentação e debate)

Evento aberto
16.12

(sábado)

21h00màs 21h30m Lançamento do livro "Cada tridente em seu lugar e outras crônicas" da escritora Cidinha Silva – Diretora do Instituto Kuanza Evento aberto
16.12

(sábado)

21h30m as 23h00m Jantar Participantes com tíquetes de refeição
17.12

(domingo)

08h30m às 10h30m Painel 3 - Políticas Afirmativas no Brasil contra o Racismo e a Homofobia 

Denise Pacheco – SEPPIR-PR

Ivair Augusto – CNCD - SEDH

Karen Bruck – PN-DST/Aids

Paulo Roberto – SEDH-RJ

Roberto Araújo – SEDH

(apresentação e debate) 

Coordenação: Fernanda Benvenut – ASTRAPA-PB

Participantes Credenciados
17.12

(domingo)

10h30m às 12h30m Painel 4 – Construindo uma agenda no movimento negro e no movimento GLBT  

Benilda Brito – CNCD

Cláudio Nascimento – Grupo Arco-Iris e ABGLT

Ivair Augusto – CNCD - SEDH

Lucia Xavier – Grupo Criola

(apresentação e debate) 

Coordenação: Márcia Cabral – Grupo Minas de Cor-SP

Participantes Credenciados
17.12

(domingo)

12h30m às 13h30m Almoço Participantes com tíquetes de refeição
17.12

(domingo)

13h30m às 15h30m Construindo a Rede AfroLGBT II: Funcionamento e Agenda de Trabalho  

Edson Axé – Grupo Satyricon.

Márcia Cabral – Minas de Cor-SP

Negra Cris – Universidade Federal de Alagoas

(apresentação e debate) 

Coordenação: Heliana Hemetério – Grupo Arco-Íris

Participantes Credenciados
17.12

(domingo)

15h30m às 17h00m Grupos de Trabalho (GT) 1 à 5: Propostas de Políticas Públicas Intersetoriais  

GT 1 – Educação

GT 2 – Segurança Pública

GT 3 – Cultura

GT 4 – Saúde

GT 5 – Trabalho

Grupos de Trabalho (GT) 6 à 8: Fortalecendo nosso movimento

GT 6Protagonismo e Participação Política

GT 7 Agenda da Rede Afrolgbt nos Movimentos GLBT e Negro

GT 8Discussão da Carta do Rio

Participantes inscritos previamente no grupo de trabalho.
17.12

(domingo)

17h00m às 17h30m Intervalo para Café

Lançamento de livros

 
17.12

(domingo)

17h30m às 20h00m Diálogos Fluminenses (Grupo Criola e Grupo Arco-Iris) 

Desafios e Perspectivas na construção da igualdade e o respeito às diferenças. 

Athayde Motta - IBASE

Cláudio Nascimento – Grupo Arco-Iris-RJ e ABGLT

Humberto Adami – IARA-RJ

Márcia Cabral – Grupo Minas de COR-SP

Roberto Gonçale – SINDSPREV-RJ

Wania Santanna – Ex- Secretaria Estadual de Direitos Humanos-RJ

(apresentação e debate)

Evento Aberto
17.12

(domingo)

20h00m às 22h00m Jantar Cultural Participantes com tíquetes de refeição
18.11

(segunda)

08h00m às 08h30m Recebimento de destaques às propostas dos Grupos de Trabalho Participantes Credenciados
18.11

(segunda)

08h30m às 09h30m Sistematização dos destaques Participantes Credenciados
18.11

(segunda)

10h00m às 12h30m Plenária Final do Encontro Nacional de AfrosGLBT Participantes Credenciados
18.11

(segunda)

12h00m às 14h00m Almoço de Confraternização Participantes com tíquete refeição
18.11

(segunda)

14h00m Saída do hotel e partida dos participantes  

Informações

E-mail: encontroafroglbt@hotmail.com

Telefax: (21) 2208-2799 e 2238-8292 (Grupo Arco-Iris). 

Golden Park Hotel – Rua do Russel, 374, Glória – Tel. (21) 2556-8150 / 2285-6358 (Ramal 800)

UFRJ aprova projeto junto ao MEC  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes



A Universidade Federal do Rio de Janeiro foi contemplada pelo Ministério da Educação com um projeto escrito por um profissional que deu aula comigo durante a capacitação "Rompendo Fronteiras e Discutindo a Diversidade Sexual na Escola" no Rio, o ALEXANDRE BORTOLINI. Parabéns Alexandre, UFRJ, Rio de Janeiro. Como disse minha amiga Eliana Rodrigues: "a gurizada ganhou com um belo projeto e vão botar a mão na massa!"

IV COLÓQUIO INTERNACIONAL MICHEL FOUCAULT  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes



Location: Universidade Federal do Rio Grande do Norte


City: Natal/RN, de 09 a 12 de abril


Details: Este é um evento reúne especialistas nacionais e internacionais, das mais diferentes áreas do conhecimento, em torno das idéias e obras do pensador francês Michel Foucault.Nesta quarta edição o evento se propõe a refletir sobre as contribuições que Michel Foucault nos deixou quando se trata de pensar os espaços, as margens, os limites e as fronteiras que constituíram e constituem o mundo contemporâneo.


Colagem de Gatos: uma obra de Michèle Sato  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes


Divido com vocês uma obra de Michèle Sato intitulada Colagem de Gatos
clique na imagem para ampliar

Minha nada mole vida: Personagem de Dani Barros é 10!  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes

Assista os episódios de minha nada mole vida na Globo.

Produçããããããããããão!

Reconhecimento histórico de organizações LGBT nas Nações Unidas  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes

Reconhecimento histórico de organizações LGBT nas Nações Unidas: uma
das regiões da ILGA e dois dos seus membros obtiveram estatuto
consultivo.

Ontem, 11 de Dezembro de 2006, o Conselho Económico e Social das Nações
Unidas (ECOSOC) atribuiu estatuto consultivo a três organizações LGBT:
à ILGA Europa - a região europeia da International Lesbian and Gay
Association, e às associações nacionais LGBT da Alemanha e da
Dinamarca, LBL e LSVD respectivamente. O estatuto consultivo atribuído
pela ECOSOC permite que estas ONGs entrem nas Nações Unidas, participem
no seu trabalho e falem em seu nome próprio. Até este momento nenhum
outro grupo LGBT tinha tido este direito, com a excepção da COAL, a
Coligação de Activistas Lésbicas, um grupo baseado na Austrália.

"A homofobia de estado foi atingida e não será mais vista como algo
defensável", afirmou Rosanna Flamer Caldera, Co-Secretária Geral da
ILGA. "É um momento muito especial para o movimento LGBT: esta decisão
histórica segue os passos da declaração feita pela Noruega no Conselho
de Direitos Humanos da ONU em nome de 54 países, impulsionando essa
entidade a contemplar a orientação sexual e identidade de género."

A ILGA, uma federação de 550 grupos LGBT em todo o mundo, tem
trabalhado durante vários anos para que a orientação sexual e a
identidade de género sejam assumidas nas Nações Unidas. O primeiro
discurso na ONU relativo a direitos LGBT foi conseguido em seu nome em
1992. Em 2006, a ILGA teve a sua conferência mundial em Genebra, na
sede europeia das Nações Unidas e organizou quatro painéis em temas
LGBT na segunda sessão do Conselho de Direitos Humanos.

A ILGA também começou uma campanha para ter um número cada vez maior de
grupos LGBT a requerer estatuto ECOSOC. Numa clara demonstração de
desconforto e numa tentativa de evitar qualquer debate nos tópicos de
orientação sexual e identidade de género, países com assento na ECOSOC
adiaram o debate, usando manobras burocráticas de uma reunião para
outra. "A última reunião da ECOSOC é a quarta este ano onde os países
tiveram que debater estes requerimentos de grupos LGBT," esclareceu
Rosanna Flamer-Caldera.

"Alguns estados argumentam ou temem que estaremos a pedir direitos
especiais e estão a usar esta evasiva como um álibi para bloquear a
nossa entrada na ONU, " afirmou, continuando que "isto não é uma
questão de direitos especiais. É uma questão básica de equidade e
universalidade dos direitos humanos. Nos exigimos o direito de não ser
discriminados negativamente com base naquilo que somos, como pessoas
gays, lésbicas, bissexuais ou trans. A nível internacional, este
processo começa com as Nações Unidas reconhecendo o mero facto que as
pessoas LGBT existem,, e que se podem organizar em grupos e, como tal,
participar no trabalho da ONU e protestar contra muitas das violações
de direitos humanso que ainda sofremos em todo o mundo."

A ILGA agradece o apoio de muitas ONGs a esta campanha - com especial
reconhecimento à Arc International e ISHR, o Serviço Internacional para
Direitos Humanos.

Em 2007, os pedidos de sete outros grupos LGBT serão avaliados pelo
ECOSOC.

Translation by "João Paulo - PortugalGay.PT

Banda de dragqueens usa batida e escracho contra a homofobia  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes


A defesa dos direitos dos homossexuais já rendeu na Bahia discursos que beiram a apologia. Personalidades históricas tiveram suas vidas íntimas devassadas através do túnel do tempo, heróis nacionais se transformaram em trunfo a favor da ultraliberação sexual e proezas criativas, outrora reconhecidas por seu valor intrínseco, tornaram-se bastião contra o preconceito. A preocupação em rebater a homofobia não foi abandonada pela dupla de artistas Paulo Fraga e Pedro Costa, um cearense e um fluminense que se conheceram em Salvador, em janeiro deste ano. Mas, ao invés de expor teorias a respeito das “sexualidades desviantes”, os dois, homossexuais há muito “fora do armário”, resolveram combater a violência que já experimentaram na pele com uma artilharia muito mais pesada: a música e o riso. Resolutos, dão sua receita para o sucesso: “Do funk nasce o prazer de dançar, se divertir. Da drag music nasce o humor, a piada, o glamour, o brilho. E do punk nasce a contestação política. Juntamos tudo isso para expressar nossas insatisfações” — eis a certidão de nascimento da “Solange, Tô Aberta!”, banda ‘de guerra’, mas picaresca, criada pelos dois faz quatro meses e que estreou nos palcos na madrugada deste sábado, em um show na boate Tropical, na Gamboa, próximo ao Forte de São Pedro. Enquanto desfilavam sua coleção de ‘batidões’ para uma audiência modesta, mas tão atenta às músicas quanto aos contorcionismos de Paulo sobre o tablado, os dois intercalavam comentários do tipo auto-reflexivo sobre a própria condição: “Melhor uma bicha bêbada no palco do que uma sóbria na platéia, apagada”. Talvez sem perceber muito a ironia, o público aprovava às gargalhadas. O figurino, especialmente montado para a estréia, também demandava sua dose de atenção. Afinal, não é todo dia que se vê uma loura platinada de longo verde-musgo e antenas sobre a cabeça (Pedro) acompanhada por outra, de cabelos tingidos, meia-calça rendada e maquiagem especial para realçar a cor dos olhos (Paulo). A primeira pergunta a ser feita à dupla de cantores-performers é óbvia: quem diabos é Solange? A resposta revela uma entidade coletiva: “O nome surgiu como uma brincadeira. O fato de termos escolhido Solange se deu por ser muito comum entre travestis”. Batismos à parte, a banda, que oficialmente “não curte partidos políticos ou politicagem”, aproveitou o recente clima eleitoral para compor o jingle de sua candidata à Presidência, a — não por acaso — travesti paulistana Silvetty Montilla, artista “da noite” segundo definição do site GLS Mix Brasil. “Não a conhecemos pessoalmente, mas gostamos do trabalho dela. Suas músicas são uma de nossas influências drag queen”, conta Pedro. Por e-mail, pelo qual mantêm contato com a ‘ídola’, ele e Paulo mostraram a Montilla a letra da música: Se você já tá cansado / de tanta politicagem / se você já não agüenta / tanta sacanagem / Robalheira e desvios / mensalão e cuecão / Atenção porque agora / eu vou dar a solução / Ela é toda trabalhada / ela é toda sorridente / ela é muito elegante / ela é inteligente / Silvetty Montilla para presidente! / Silvetty Montilla para presidente!. “Ela amou!”, se derretem. Labuta de principiante Embora diferente de 99% das bandas que aparecem todos os anos no cenário musical brasileiro, a Solange, Tô Aberta! enfrenta obstáculos bastante conhecidos para quem busca despontar no cobiçado caminho rumo ao estrelato: não dispõe dos serviços de um produtor especializado, dependem da estrutura disponível no local do show e também precisam contratar um DJ para acompanhá-los, pois ainda não encontraram um disposto a “vestir a camisa da banda”. Em suma: vivem alijados do profissionalismo. Nada, porém, que os faça menos otimistas a respeito do futuro da banda. “Temos muita garra e muita vontade de crescer, além de um monte de letras esperando batidas pra ‘sair do armário’”. Não bastassem os problemas técnicos, os dois têm de lidar ainda com a resistência, até certo ponto natural, de quem não compartilha os códigos do universo GLS. “Sabemos que a proposta é nova e forte, ou seja, ou gostam ou odeiam. Mas estamos surpresos com a receptividade que estamos tendo”, diz Paulo. “Através do site do My Space conversamos com pessoas de todo o mundo: DJ´s, punks, drags, artistas, bandas, enfim, pessoas. E a galera curte muito o som e o nosso estilo”. É de se supor que boa parte dessa receptividade se deva às letras compostas pela dupla. É também preciso reconhecer que passam ao largo de qualquer preocupação poética. O que não significa que se resumam à avacalhação, defende a banda. “Elas [as letras] surgem de muitas leituras e pesquisas, porque somos pesquisadores de temas ligados à defesa da liberdade de expressão”. Os dois se referem ao estudo sobre transformismo e cultura gay feito por Pedro no mestrado de Artes Cênicas da Ufba, do qual é aluno, e a um projeto de Paulo com travestis de Fortaleza, onde nasceu. Mas a dupla confessa que a ‘inspiração’ não é somente acadêmica: “Em outras letras, a gente fala de situações que muitos vivem, mas não falam. Nos inspiramos em amigos, observamos pessoas e comportamentos. Sabemos que há muita violência contra os travestis, gays, lésbicas, bissexuais, transexuais. Violência de todo o tipo. E não conseguimos ficar calados”. Aflora então a vertente punk da Solange, To Aberta!: “O que nos move é o nosso desejo de dar voz aos subalternos, de uma forma contestadora e prazerosa”. ‘Artivismo’ Essa necessidade de não abandonar temas caros à luta pelo respeito à opção sexual, o que implica em assumir uma postura ativista, pode revelar o calcanhar de Aquiles da banda, mas não incomoda a Solange. Arte transformada em ‘artivismo’? “Pode até ser confundido com tal e até realmente ser, mas não é isso o que nos preocupa. Já ouvi entre artistas de dança e teatro coisas do tipo: ‘Por que vocês falam sobre isso? Por que vocês se assumem gays?’ A gente não tem necessidade disso. Mas não tem como, inicialmente, falarmos de outros temas. A gente defende o que a gente acredita”. Eis então os próximos alvos da Solange: uma música sobre “mulher que dá porrada”, outra na qual fazem “uma crítica à psicanálise” e mais uma “ao colonialismo”. Todas já estão devidamente batizadas: “Melô da Valentona”, “Fuder Freud” e “No Brasil Colônia”. ( Reproduzido do Jornal A Tarde, 10/12/06, Vitor Pamplona, repórter) Fotos - http://portal.marccelus.com/


Peru celebra primeira união civil homossexual  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes


Apesar de as leis peruanas ainda não permitirem, realizou-se o primeiro casamento de um casal do mesmo sexo no Peru. Efetivamente, o peruano Marco Bretoneche, 42, e o cidadão britânico Peter Goad, 42, se deram o “sim” em uma cerimônia oficial realizada na Embaixada do Reino Unido, em Lima.O primeiro casamento gay no Peru se deu em virtude da Lei de União Civil britânica, que entrou em vigor há um ano, e dá aos casais do mesmo sexo os mesmos direitos dos que gozam os casamentos heterossexuais, ainda que sem o título de “casamento”.Em cumprimento com a lei britânica, o Consulado consultou as instâncias peruanas para conhecer se o Estado fazia alguma objeção para que o registro fosse oficializado no país, e as autoridades responderam que não havia nenhuma. Porém, a união não será reconhecida no Peru, já que o Código Civil ainda não contempla a união entre pessoas do mesmo sexo.


Observatório de Sexualidade e Política  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes

Prezadas/os amigas/os,

Estamos contentes em anunciar o novo website do SPW-Sexuality Policy
Watch/Observatório de Sexualidade e Política !

O Observatório de Sexualidade e Política é um fórum global composto por
pesquisadores e ativistas das mais diversas regiões do mundo. Foi constituído,
em 2002, com o nome de Grupo Internacional para Sexualidade e Política Social
(International Working Group on Sexuality and Social Policy). Passados quatro
anos nos encontramos em Toronto e decidimos mudar o nome da iniciativa de modo a
projetar uma imagem mais precisa acerca de quem somos e do que fazemos.

Estamos lançando a nossa nova página web onde você encontra informação
atualizada sobre nosso programa e nossas atividades. Bem como links para outras
páginas que oferecem informação e análise relevante sobre temas de sexualidade e
política. Sintam-se à vontade em compartilhar a novidade em suas listas.

Esperamos que a página informe e inspire o trabalho de vocês.

http://www.sxpolitics.org

Sugestões e comentários são bem-vindos :-)

Sonia Corrêa e Richard Parker

Revista da Folha, domingão, 10/12  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes

Tarda, mas não falha
por Vange Leonel

Enquanto o Legislativo brasileiro se omite sobre a união entre pessoas do
mesmo sexo, o Judiciário arregaça as mangas e trabalha no vácuo deixado pelo
Congresso. Nos últimos anos, uma série de decisões judiciais vem garantindo
direitos e deveres a casais homossexuais, abrindo novas jurisprudências.

Recentemente, uma decisão judicial permitiu a um casal de homens gays
registrar na certidão de nascimento da filha os nomes de ambos como pais
adotivos. Até então, a adoção era concedida ao indivíduo homossexual e não
ao casal. A diferença pode parecer sutil, mas não é. O reconhecimento de um
casal homossexual como entidade familiar pode arruinar, ao menos
juridicamente, os argumentos contrários ao "casamento gay".

Assim, cada vez mais, a Justiça concede pensões a viúvos gays e viúvas
lésbicas pela morte de seus companheiros, permite que um homossexual casado
inclua o parceiro como dependente em seu plano de saúde e garante visto de
permanência a cônjuges estrangeiros.

Mas, para assegurar esses direitos, é preciso que o casal comprove sua união
estável. No intuito de agilizar esses processos, o Ministério Público
Federal, há poucos meses, autorizou os tabeliães do Estado de São Paulo a
registrar documentos referentes à união civil entre pessoas do mesmo sexo.
Os cães da intolerância podem até latir, mas a caravana do bom senso segue
seu caminho.