A cientista social Larissa Pelucio apresentou o paper "Eu me cuido, mona – saúde, gênero e corporalidade entre travestis que se prostituem", no Seminário Homofobia, Identidades e Cidadania LGBTTT, realizado na Universidade Federal de Santa Catarina, nos dias 5 e 6 de setembro. No trabalho, fruto de sua tese de doutorado defendida em junho na Universidade Federal de São Carlos, a pesquisadora mostra como a difusão de uma cultura de prevenção às DSTs/Aids no âmbito dos serviços de saúde tem restringido a percepção dos profissionais a outras demandas inerentes ao processo de constituição da travestilidade.
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Em artigo publicado no jornal Folha de São Paulo (ed. 19/8/2007) – intitulado "A igualdade é colorida" - o ministro Marco Aurélio Mello, do Tribunal Superior Eleitoral, apontou que, em se tratando de homofobia, o Brasil é o país que ocupa o primeiro lugar, com mais de cem homicídios anuais cujas vítimas foram assassinadas devido à sua orientação sexual. Para ele, tal estatística é ignorada porque a sociedade brasileira não reconhece as relações homoafetivas como geradoras de direito. O ministro ressaltou ainda os avanços dos poderes judiciários estaduais no reconhecimento dos direitos de família para casais homossexuais, como o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que recentemente reconheceu a relação afetiva de um casal de homens gays, assegurando o direito de um deles aos bens do parceiro, falecido após 47 anos de vida em comum. De fato, um intenso debate em torno da conjugalidade e da homoparentalidade tem sido produzido no Brasil, permitindo a reflexão sobre os princípios que caracterizam a família e também sobre a aplicação da categoria jurídica "casamento" na regulamentação das relações entre pessoas do mesmo sexo. "A demanda pelo reconhecimento destas uniões é legítima", afirma o juiz federal Roger Raupp Rios, do Tribunal Federal do Rio Grande do Sul, um dos organizadores do livro "Em defesa dos Direitos Sexuais" (Porto Alegre: Editora Livraria do Advogado, 2007), fruto de dois anos de estudo e pesquisas coletivas de um grupo de professores e operadores do Direito, entre eles o também juiz do TJRS, Roberto Arriada Lorea e Samantha Buglione, professora de Teoria do Direito e Bioética, doutoranda em Ciências Humanas na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O livro discute fundamentos filosóficos (liberdade e igualdade) e temas importantes como homofobia e laicidade e suas repercussões em situações emblemáticas, como a transexualidade. "Trata-se de uma reflexão a partir daquilo que já existe (decisões judiciais e alguma discussão doutrinária) no mundo jurídico. Nosso esforço foi sistematizar e fundamentar, no âmbito do direito, a noção de direitos sexuais.", afirma Roger, que participou, nos dias 5 e 6 de setembro, do Seminário Homofobia, Identidades e Cidadania LGBTTT, realizado na UFSC. O juiz integrou a mesa que discutiu o Projeto de Lei da Parceria Civil e o tema da conjugalidade homoerótica, e também é autor do artigo "Uniões homossexuais: adaptar-se ao direito de família ou transforma-lo? Por uma nova modalidade de comunidade familiar", que compõe a coletânea Conjugalidades, parentalidades e identidades lésbicas, gays e travestis (CLAM/Editora Garamond), lançada durante o Seminário. Na entrevista a seguir, ele analisa a questão e também fala sobre o Projeto de Lei que propõe a criminalização da homofobia no país. Como o sr. analisa as propostas do Projeto de Lei de Parceria Civil no Brasil? A reivindicação política e jurídica pelo combate à discriminação alcança várias frentes. Duas destas, com conseqüências práticas importantes na vida dos indivíduos e na organização social mais ampla, dizem respeito à configuração familiar, seja conjugal, seja parental. Neste contexto, a demanda pelo reconhecimento destas uniões é legítima. O que não se pode perder de vista, no entanto, é o conteúdo associado aos modelos propostos: que este reconhecimento seja espaço de liberdade e não-discriminação diante dos modelos tradicionais, de cunho institucional e fusional, de família. Creio que as propostas de parceria civil devem evitar a simples adaptação aos modelos e às lógicas conjugais existentes, fortemente heterossexistas. Devem pugnar, isto sim, por horizontes transformadores do direito de família. Na prática, isto significa não só acabar com a exclusão de homossexuais das instituições jurídicas existentes, como também propor a possibilidade de novos arranjos interpessoais. Neste sentido, é importantíssimo imaginar novas categorias jurídicas familiares, modelos abertos para a definição dos arranjos sexuais e existenciais, sem se prender à maneira ditada pela heterossexualidade compulsória. Ao lado do Projeto de Lei da Parceria Civil, o PL 122, que propõe a criminalização da homofobia no país, tornou-se a grande bandeira do movimento GLBT brasileiro na atualidade. Como o sr avalia tal projeto? Não se pode perder de vista que o assassinato e o espancamento de homossexuais, para tomar dois exemplos extremos, em virtude da homossexualidade, é algo mais que um "simples" assassinato, onde inexiste ódio em face da manifestação da diversidade. Deste modo, entendo que a criminalização é justa e necessária, pois decorrente do levar a sério as premissas da democracia e do pluralismo, inclusive sexual, na sociedade brasileira. A inclusão da orientação sexual e da identidade de gênero dentre as situações cuja discriminação é sancionada penalmente, portanto, parece-me correta e adequada. Não se trata, por óbvio, de incitar uma mentalidade punitiva, nem de imaginar que o direito penal seja uma panacéia para todos os problemas. Mas sim de atentar para a gravidade de violações bárbaras de direitos humanos e de prover a sociedade de meios para combatê-la, com a mesma dignidade e intensidade que outras discriminações, igualmente inadmissíveis, como ocorre com origem social ou raça. |
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GLBT ALMS 2008 will focus on GLBT archives, libraries, museums, and other collections of GLBT materials. The conference will explore a range of topics related to the organization, description, access, use, publicity, support, suppression, and preservation of GLBT archival collections, institutions, and material.
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Livro: Conjugalidades, Parentalidades e Identidades Lésbicas, Gays e Travestis
Literatura |
Estudos sexuais |
Coletânea reúne pesquisas que abordam a homossexualidade |
Fonte: http://www.clicrbs.com.br/jornais/dc/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&edition=8394&template=&start=1§ion=&source=a1608673.xml&channel=22&id=8394&titanterior=&content=&menu=36&themeid=§ionid=&suppid=&fromdate=&todate=&modovisual
Os pais cuidam do bebê há 7 meses. Ele foi entregue ao casal pela mãe biológica, uma adolescente. O Ministério Público da região entrou com um pedido na Vara de Infância para que o bebê fosse entregue a um orfanato para adoção. No entendimento do promotor para Infância e Juventude Cláudio Santos de Moraes, o bebê não poderia conviver com um casal "diferente" e não levaria uma vida normal sem a presença de um pai e de uma mãe. O juiz Osni Pereira negou o pedido do MP, baseado na avaliação de psicólogos e assistentes sociais da Vara da Infância e da Juventude. "A avaliação mostrou que a criança está convivendo bem com os dois", declarou.
Vale lembrar que o mesmo Juiz que agora concedeu decisão favorável a uma transexual, causou polêmica há dois meses quando proibiu que adolescentes desacompanhados participassem da Parada Gay de São José do Rio Preto.
__,_._,___
Revoltado com a associação de Cazuza com Fernandinho Beira-Mar
--
Felipe Bruno Martins Fernandes
Esta mensagem precisa ser retransmitida para todas as FAMÍLIAS!
Uma psicóloga que assistiu o filme Cazuza escreveu o seguinte texto:
"Fui ver o filme Cazuza há alguns dias e me deparei com uma coisa
estarrecedora. As pessoas estão cultivando ídolos errados.
Como podemos cultivar um ídolo como Cazuza? Concordo que suas letras
são muito tocantes, mas reverenciar um marginal como ele, é, no
mínimo, inadmissível.
Marginal, sim, pois Cazuza foi uma pessoa que viveu à margem da
sociedade, pelo menos uma sociedade que tentamos construir (ao menos
eu) com conceitos de certo e errado . No filme, vi um rapaz mimado,
filhinho de papai que nunca precisou trabalhar para conseguir nada, já
tinha tudo nas mãos. A mãe vivia para satisfazer as suas vontades e
loucuras. O pai preferiu se afastar das suas responsabilidades e
deixou a vida correr solta.
São esses pais que devemos ter como exemplo? Cazuza só começou a
gravar pois o pai era diretor de uma grande gravadora. Existem vários
talentos que não são revelados por falta de oportunidade ou por não
terem algum conhecido importante.
Cazuza era um traficante, como sua mãe revela no livro, admitiu que
ele trouxe drogas da Inglaterra, um verdadeiro criminoso. Concordo com
o juiz Siro Darlan quando ele diz que a única diferença entre Cazuza e
Fernandinho Beira-Mar é que um nasceu na zona sul e outro não.
Fiquei horrorizada com o culto que fizeram a esse rapaz,
principalmente por minha filha adolescente ter visto o filme. Precisei
conversar muito para que ela não começasse a pensar que usar drogas,
participar de bacanais, beber até cair e outras coisas fossem certas,
já que foi isso que o filme mostrou.
Por que não são feitos filmes de pessoas realmente importantes que
tenham algo de bom para essa juventude já tão transviada? Será que ser
correto não dá Ibope, não rende bilheteria?
Como ensina o comercial da Fiat, precisamos rever nossos conceitos, só
assim teremos um mundo melhor.
Devo lembrar aos pais que a morte de Cazuza foi consequência da
educação errônea a que foi submetido.
Será que Cazuza teria morrido do mesmo jeito se tivesse tido pais que
dissesem NÃO quando necessário?
Lembrem-se, dizer NÃO é a prova mais difícil de amor.
Não deixem seus filhos à revelia para que não precisem se arrepender
mais tarde. A principal função dos pais é educar. Não se preocupem em
ser amigo de seus filhos. Eduque-os e mais tarde eles verão que você
foi a pessoa que mais os amou e foi, é, e sempre será, o seu melhor
amigo , pois amigo não diz SIM sempre."
Karla Christine
Psicóloga Clínica
Leu? Concorda com a psicóloga? Inteiramente!
Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-graduação em Antropologia Social
Convidam para
Palestra de Cristiana Bastos (Instituto de Ciências Sociais – Lisboa)
Titulo: Global, nacional, local e original: tendências e transformações nas políticas de aids.
Dia: Segunda feira 17 de setembro de 2007
Horário: 14hs
Local: Sala 331
O tema da Parada Lésbica deste ano é LÉSBICAS! RÓTULO POLÍTICO! O objetivo é chamar à sociedade, familiares, amigos, e até empresas para “Serem lésbicas por um dia” e exigirem o fim do preconceito e da discriminação contra homossexuais e bissexuais.
Com o slogan Seja lésbica por um dia! Use esse rótulo a favor de alguém! ..alguém que pode ser um colega de trabalho, ou de aula, alguém da sua família, ou da família de alguém que você ama, sua amiga, ou da sua vizinhança; a organização do evento pretende sensibilizar a sociedade brasiliense a participar do evento. Tudo por um dia de solidariedade!
A 3ª Parada Lésbica acontece no Domingo,
16 de Setembro 2007
Concentração a partir das 15h.
Na EQS 505/506 Sul – na W3 Sul.
O evento conta com 2 trios elétricos, e promete, várias DJs, shows de música ao vivo, e muita participação social, cultural e política do DF.
O encerramento será na W3 norte e devem passar pela 3ª Parada Lésbica de Brasília cerca de 5 mil pessoas!
Realizada nesta quarta-feira (06/09), a primeira mesa do Encontro – “Homofobia e Segurança Pública” -, coordenada pela professora Miriam Pillar Grossi (NIGS/UFSC), contou com a participação do antropólogo Peter Fry (IFCS/UFRJ), do psicólogo Fernando Teixeira (Universidade Estadual Paulista), do Secretário-executivo do Conselho Nacional de Combate à Discriminação, Ivair Augusto Alves dos Santos, e do major Geovani de Paula, representante da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Santa Catarina. Em pauta estava a aprovação do PL 122, projeto de lei que propõe a criminalização da homofobia no país.
“A sociedade como um todo, e também a polícia, têm dificuldade em lidar com a diversidade e a pluralidade”, afirmou o major Geovani de Paula. Para ele, transformar conflitos humanos em fatos criminais não vai resolver o problema da discriminação a pessoas LGBTTT. “A mediação é mais importante que a criminalização. Deixar que o Estado se aproprie de um conflito desta magnitude é um erro. É preciso buscar outras formas de resolver o problema”, disse ele, ressaltando ser preciso trabalhar a área da Educação do país.
“A lei não basta, é preciso mudar a cultura. O policial apreende seus valores e representações da sociedade em que ele vive”, finalizou.
O antropólogo Peter Fry analisou o processo de mudança de valores acontecido na Inglaterra para avaliar o caso brasileiro. “Na Inglaterra, de 1533 a 1861, os crimes de sodomia levavam à pena de morte. Em 1885, a lei passou a punir, com prisão de dois anos, qualquer relação homossexual, o que tornava os gays vítimas constantes de suborno e chantagem”, relatou o professor do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ.
Segundo ele, os britânicos só aboliram a lei contra a homossexualidade em 1967. E em 2004 aprovaram a lei de Parceria Civil para relações entre pessoas do mesmo sexo. “Muita coisa mudou em 40 anos: existe até mesmo uma ala da polícia gay, a qual participa da Parada LGBTTT de Londres”, observou Peter, lembrando que a Constituição brasileira, desde o início, nunca criminalizou a homossexualidade. Porém, segundo ele, embora não haja tal lei, é a sociedade civil quem discrimina os homossexuais, mais ainda do que o Estado, principalmente os que apresentam maior visibilidade, como as travestis e os casais gays. Uma vez que a projeto de lei de criminalização da homofobia foi elaborado nos moldes da lei Caó, que penaliza casos de racismo, Peter Fry comparou as discriminações por raça e por orientação sexual. “Os dois preconceitos são semelhantes porque ambos são baseados na aparência, mas também são muito diferentes porque, hoje em dia, emitir um xingamento racista é bem menos comum do que um xingamento por orientação sexual. A lei Caó pune com dois anos de retenção, mas dificilmente alguém cumpre essa pena. Os casos de racismo muitas vezes não seguem o rito criminal, mas sim o cível. A questão é: em relação à homofobia, seria por esse caminho que deveríamos seguir?”, questionou o pesquisador.
Segundo ele, na Inglaterra primeiramente houve a extinção da lei punitiva para depois haver a abertura de direitos. “A lei da Parceria Civil teve um enorme efeito sobre a sociedade. No Brasil, existem valores e representações na sociedade como um todo que precisam ser mudados. A saída seria criminalizar, punir? Pelos resultados obtidos na Inglaterra e em outros países da Europa, o sentido tem que ser o da mudança de valores e da percepção sobre o que é gostar de pessoas do mesmo sexo”, concluiu o antropólogo.
Para o psicólogo Fernando Teixeira Filho, da Universidade Estadual Paulista da cidade de Assis, é importante aliar a questão da discriminação e da homofobia a outros elementos, como a raça, a etnia, a classe social e o nível educacional. “Em relação às pessoas com um nível educacional maior, o preconceito fica restrito ao universo familiar e ao emprego. Por sua vez, as travestis nem sequer conseguem um emprego. Esta é, aliás, a fatia da população LGBTTT mais atingida pela violência”, lembrou o pesquisador.
Segundo ele, uma política LGBTTT de Segurança Pública deve entender a ética que sustenta a homofobia. “Tem de haver o diálogo com os setores envolvidos na produção da violência”, disse Fernando. Em relação ao PL 122, o pesquisador foi enfático: “Se não criminalizar tais atos, as mortes vão continuar acontecendo”.
O Secretário-executivo do Conselho Nacional de Combate à Discriminação, Ivair Augusto Alves dos Santos, concordou que o momento é de aliar forças. “Nesse debate, é preciso envolver todos os atores. Se o movimento LGBTTT não conseguir se aliar a outros segmentos, será difícil aprovar o PL 122. O diálogo entre a universidade, os movimentos sociais e os órgãos de Segurança Pública – onde, em geral, o tema da violência contra homossexuais não está em pauta – pode contribuir enormemente no processo de combate à homofobia”, ressaltou Ivair.
Homofobia: uma questão de saúde pública
Na mesa “Movimento LGBTTT e Políticas de Saúde e de Prevenção de DST/Aids”, especialistas discutiram as implicações da homofobia no direito da população LGBTTT ao acesso à Saúde. Segundo o ativista Alexandre Bôer, coordenador da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros (ABGLT) para a região Sul, no Rio Grande do Sul a maior parte das ações que tramitam atualmente no Ministério Público do estado dizem respeito à saúde, devido à fragilidade do sistema público de saúde brasileiro.
“Temos trabalhado no sentido da descentralização do Sistema único de Saúde e da integralidade da atenção à Saúde”, afirmou ele. Dados apresentados por Bôer dão conta de que a incidência da Aids é onze vezes maior entre os gays e os homens que fazem sexo com outros homens (HSH) e que os riscos relativos para a doença nessa população é 18 vezes maior que em outras populações. Segundo o ativista, o investimento na prevenção à doença tem sido baixo. “Na região sul, os PAM têm investido apenas 1% de seu orçamento; na região Sudeste esse índice sobe para 4,2%, na Centro-Oeste o investimento tem sido de 2%, no Nordeste de 1,8% e no Norte 1,7%. Então cabe-nos questionar: por que a prevenção tem sido negligenciada? Em minha opinião a causa é a homofobia institucionalizada”, disse ele.
Para ele, no grau em que a epidemia da Aids se encontra atualmente dentro da população LGBTTT, deveria estar havendo um maior investimento na prevenção à doença. “”Essa situação também nos mostra que o movimento LGBTTT não está fazendo um trabalho de prevenção eficaz”, sublinhou Bôer.
O presidente da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia), Veriano Terto Jr, observou que “mesmo com a ausência de políticas destinadas à prevenção, os homossexuais fizeram um movimento em direção à prevenção, apresentando um nível alto de informações sobre o HIV/Aids e o uso de preservativo e usando a negociação como uma estratégia de prevenção”, avaliou ele.
Apesar disso, segundo ele, a Aids ainda é uma preocupação para a maioria. “Paradoxalmente, há ainda a recusa e a rechaça aos parceiros soropositivos. Nos novos trabalhos de prevenção precisamos entender esses paradoxos, considerando o estigma que ainda perpassa a soropositividade, a discriminação existente dentro da própria comunidade LGBTTT e o preconceito que marca as relações sorodiscordantes”, afirmou.
Representante do Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde brasileiro, o antropólogo Marcos Benedetti destacou que muitas vezes as dificuldades na operacionalização das políticas públicas se deve à existência de uma multiplicidade de identidades homossexuais. O pesquisador falou sobre os Planos de Enfrentamento da Epidemia da Aids entre gays, lésbicas, travestis e transexuais e citou a medicalização da prevenção do HIV – circuncisão, microbicidas, estratégia ABC e a profilaxia pré-exposição ao HIV com antirretrovirais – como um dos novos desafios no combate à doença.
A presidente da Articulação Nacional de Travestis (ANTRA), Keila Simpson, concordou com Benedetti em relação às especificidades do movimento, e que as políticas de saúde para as travestis devam ser diferentes das direcionadas aos gays. “Poucas pessoas conhecem as diretrizes do Conselho Nacional de Saúde que estabelecem as travestis devem ser tratadas por seus nomes sociais pelos profissionais de saúde”, disse Keila.
A ativista também falou sobre as cirurgias de mudança de sexo e o uso do silicone líquido. “O país ainda carece de centros de referência para lidar com essas questões”, avaliou ela.
O seminário, que tem o apoio da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), da Fundação de Amparo à Pesquisa de Santa Catarina (Fapesc), da Unisul e do CLAM, abordará, nesta quinta-feira, 6 de setembro, os temas da conjugalidade e a adoção de crianças por casais homossexuais.
Conferência Nacional de Mulheres recomenda a legalização do aborto
Fonte: http://www.clam.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=%5FBR&infoid=3087&sid=2
21/08/2007 - O Dia Online - Brasil
A Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres recomendou a descriminalização do aborto. A proposta foi aprovada nesta segunda-feira pela maioria das 2,5 mil mulheres que participaram do último dia do encontro. Também durante o evento, duas moções nesse sentido foram aprovadas com mais de 770 assinaturas.
Para saber mais clique aqui
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