Grupo Arco-Íris divulga nota de protesto contra as declarações do Ministro Carlos Lupi  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes

em reportagem do jornal O Globo, Ministro afirma: "Ninguém encontrou nada que agredisse minha honra. Também não sou corno e, além disso, não tenho paixão por pessoa do mesmo sexo!"

 

A comunidade GLBT e a sociedade acordaram na manhã de quinta-feira (29 de março) e se depararam com uma declaração preconceituosa do Ministro do Trabalho e presidente do PDT Carlos Lupi ao Jornal O Globo. Ao dizer que o governo investigou sua vida e sua honra, Carlos Lupi fala de forma jocosa que não tem preferência por homens do mesmo sexo e coloca a questão da sexualidade como um dos fatores decisivos para afirmar sua honra e ser escolhido para o Ministério.

 

Além de sugerir que o governo federal avalia, no momento da escolha para um cargo político, a sexualidade de um indivíduo, Carlos Lupi promove um desserviço à promoção da cidadania no país. A comunidade GLBT acredita que um homem público deve ter responsabilidade com a sociedade e compromisso na desefa dos Direitos Humanos. "É lamentável abrir o jornal pela manhã e se deparar com uma notícia dessa natureza, proferida por alguém que deveria primar pelo bom senso e, na condição de Ministro, envidar todos os esforços para que em nosso país prevalecesse o Estado Laico  e o respeito à diversidade" afirma Cláudio Nascimento, Coordenador Político da ONG carioca Grupo Arco-Íris de Conscientização Homossexual.

 

Para Cláudio Nascimento, Carlos Lupi, como Ministro do Trabalho, serve de exemplo não somente para o governo, como também para as empresas. Esse tipo de postura, que trata a homossexualidade como desonra, reforça o preconceito e contribui para justificar a discriminação no mercado de trabalho. "É exatamente para combater esse mal que estamos organizando nos próximos dias, nos dias 10 e 13 de abril, o I Seminário Nacional de Segurança Pública e Combate a Homofobia - evento que reunirá pela primeira vez na história do país, representes governamentais, das academias de polícia e de ativistas homossexuais, bissexuais, travestis e transexuais para discutir conjuntamente a criação e manutenção de políticas públicas de combate à homofobia".

 

Segundo uma pesquisa do Grupo Arco-Íris de Conscientização Homossexual em parceria com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e a Universidade Cândido Mendes, mais de 60% da população GLBT já sofreu algum tipo de discriminação. O preconceito no mercado de trabalho contra GLBT existe e a sexualidade de uma pessoa não pode ser fator determinante de exclusão num processo seletivo, e competência e honra não podem estar atreladas à sexualidade de um indivíduo.

 

O Governo Federal deu um importante passo, quando reconheceu a necessidade de implantar políticas públicas para conter o preconceito e violência contra os homossexuais, lançando em 2004 o Programa Brasil Sem Homofobia - programa que prevê diversas ações na área de trabalho, educação e cultura para promover a diversidade sexual. "Esperamos que, como Ministro do Trabalho, Carlos Lupi tenha conhecimento dessas ações que o programa prevê e que trabalhe para colocá-las em prática", diz Cláudio Nascimento.

 

A população GLBT exige, então, uma retratação do Ministro do Trabalho .

Convite para conferência  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA

IEG- INSTITUTO DE ESTUDOS DE GÊNERO

III SEMANA DE HISTÓRIA

 

"Conversa sobre a trajetória do feminismo no período da ditadura no Brasil"

Maria L ygia Quartim de Moraes

Professora de Sociologia da UNICAMP

 

Dia 29/03 - 9:15h

SALA 331/CFH

Minha nova turma de doutorado na aula da Profa. Carmen Rial  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes


Lançamento de Livro  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes


EDITORA MULHERES
 
LANÇAMENTO
 
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Alinne Bonetti & Soraya Fleischer (orgs). Entre saias justas e jogos de cintura. 2007. R$ 55,00.

 
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"Costuma-se dizer que não há uma "receita de bolo" para realizar uma boa etnografia. Mas acreditamos que compartilhar as vivências de antropólogas em campo – e sobretudo colocar-se no lugar do outro, imaginando-se naquela situação – muito pode ser útil a outros colegas em circunstâncias semelhantes. Para além de um inventário de possíveis problemas e soluções, os textos aqui reunidos ensinam-nos que fazer etnografia é, sobretudo, formular perguntas. Nesse livro, problematizamos mais especificamente como os atributos de gênero e geração influenciaram as saias justas e os jogos de cintura encontrados em campo, justamente pelo fato de serem mulheres em processo de formação acadêmica." (texto da quarta capa)
 
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AUTORAS
Alinne Bonetti l Soraya Fleischer l Carmen Susana Tornquist  l Mônica Dias l Larissa Pelúcio l Nádia Elisa Meinerz l Paula Sandrine Machado lFernanda Noronha l Andréa de Souza Lobo l Kelly Cristiane da Silva l Daniela Cordovil l
Diana Milstein l Patrícia de Araújo Brandão Couto l Isabel Santana de Rose l Claudia Fonseca

 
PEDIDOS
Editora Mulheres
Fone/Fax: (048) 3233-2164
e-mail: editoramulheres@floripa.com.br
 

Ministra Nilcea participa amanha de discussao sobre a feminizacao da aids promovido pelo DFID  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes

Ministra Nilceá participa de encontro para discutir a feminização do HIV/AIDS que será transmitido pela internet
Iniciativa do DFID reunirá especialistaspara discutir o tema.

Tarça-feira, dia 27 de março, a partir das 9h, o DFID transmite encontro para discutir a feminização das Doenças sexualmente transmissíveis pela internet através do endereço: <http://www.aids.gov.br/mediacenter/ >

As políticas para o combate à epidemia do HIV/AIDS no Brasil se desenvolveram consideravelmente durante os anos 90 e são internacionalmente reconhecidas, principalmente por seu foco na garantia de direitos, na prevenção, no tratamento e na cooperação internacional. Estas políticas têm auxiliado na estabilização da epidemia no Brasil, mas dados da UNAIDS indicam que os índices de infecção ainda são altos e estão ocorrendo através de transmissão heterossexual. Mulheres, jovens e pessoas vivendo em situação de pobreza são mais vulneráveis à infecção. Qual a razão?

O Brasil não está sozinho no enfrentamento desta nova fase da epidemia. Na América Latina de uma forma geral, o progresso em direção ao Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM) relacionado à AIDS tem sido lento, sendo múltiplos os desafios enfrentados pelos programas nacionais da região para a geração de resultados. Tais desafios incluem o aumento da eficiência de recursos financeiros investidos, a prestação de assistência técnica em tempo hábil, o fortalecimento dos sistemas de saúde pública, a redução do estigma e discriminação e o aumento da abrangência da proteção social para pessoas vivendo com HIV/AIDS. Estamos fazendo o suficiente para assegurar que o lento progresso do ODM de igualdade de gênero não esteja sendo um obstáculo para um melhor progresso do ODM relacionado à AIDS?

De acordo com o Programa Nacional de DST/AIDS, a proporção de infecções entre homens e mulheres no Brasil é de 1,4 homens para cada nova mulher infectada. Em alguns grupos, no entanto, o número de mulheres vivendo com o vírus é maior do que entre os homens, principalmente entre pessoas jovens. O Programa Nacional se debruça agora sobre esta questão e lança uma nova política para lidar com a crescente transmissão heterossexual e, em particular, com o desafio de alcançar as mulheres no Brasil. Existe uma parceria surpreendente entre o Programa Nacional de DST/AIDS e a Secretaria de Política para as Mulheres impulsionando esta política. Conseguirá esta iniciativa fazer a diferença e que princípios ela aplicará para combater a feminização da epidemia da AIDS no Brasil? Pode sua implantação indicar o caminho para a América Latina?

Terceiro diálogo sobre gênero e desigualdade

Este Diálogo sobre Gênero e Desigualdade é o terceiro de uma série de diálogos promovidos pelo DFID no Brasil. Os diálogos objetivam incentivar o debate entre vários atores sociais e políticos, além de reunirem especialistas e instituições para refletir sobre a relação entre as questões de gênero e as várias faces da desigualdade. O primeiro Diálogo, realizado em Outubro de 2006, explorou o relacionamento entre gênero e desigualdade no contexto do desenvolvimento sócio-econômico. O segundo Diálogo ocorreu em novembro 2006 e explorou as desigualdades de gênero em relação à participação política e cidadania das mulheres. Este terceiro Diálogo busca facilitar o debate sobre gênero e políticas de direitos no contexto do HIV/AIDS, apresentando o contexto no se dá o lançamento d a estratégia brasileira para o enfrentamento da feminização da epidemia do HIV/AIDS (Plano Nacional de Enfrentamento da Feminização da Epidemia do HIV/AIDS). Este plano requer uma forte cooperação entre diferentes instituições do governo brasileiro e, portanto, consiste em uma importante iniciativa para enfrentar a feminização da epidemia do HIV/AIDS.

Programação
9h - Boas vinda do DFID Brasil;
9h15 - Quais são os principais desafios do Brasil para conter a feminização da epidemia?
· Plano Nacional para o Enfrentamento da Feminização da Epidemia do HIV/AIDS Ministra Nilcéa Freire - Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM)
· Ações estratégicas dentro do Plano Nacional para o Enfrentamento da Feminização da Epidemia do HIV/AIDS, Mariângela B. Galvão Simão - Diretora do Programa Nacional de DST/AIDS
10h - Os programas nacionais de AIDS estão fazendo o suficiente com relação à feminização da epidemia da AIDS na América Latina? Que medidas podem fazer a diferença, no Brasil?
· Telva Barros - UNAIDS/Panamá
10h30 - Debatedora:
América Latina - Mabel Bianco, Fundación para Estudio e Investigación de la Mujer, . Coordinadora Grupo Internacional de Mujer y SIDA , miembro del Grupo de Referencia en Derechos Humanos de ONUSIDA.
Brasil - Maria José Araújo - Área Técnica da Saúde da Mulher - Ministério da Saúde
11h - Pausa para o café
11h15 - Respostas selecionadas da comunidade internacional
· Representante UNFPA - Alanna Armitage
· Representante UNICEF - Marie Pierre Poirier
12h - Discussão
13h - Almoço
14h30 - Mesa renda: Ações conjuntas entre diferentes atores sociais para o fortalecimento do combate contra a feminização da epidemia e aspectos sócio-culturais: classe, raça, gênero, religião, educação e estereótipos.
· Jurema Werneck - Criola,
· Cristina Castelo Branco - Eduacadora
· Regina Lasmar - Movimento de Cidadãs Positivas/Bahia
· Gabriela Leite - Rede Brasileira de Prostitutas
· Yury Puello Orozco - Rede Católicas pelo Direito de Decidir
· Kátia Guimarães - Programa Nacional de DST/AIDS
· Kátia Edmundo - CEDAPS/Rio de Janeiro
· Maria Ines Barbosa - UNFEM
16h30 - Pausa para o café
16h45 - Debates