Grupo Arco-Íris divulga nota de protesto contra as declarações do Ministro Carlos Lupi  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes
março 30,
2007

em reportagem do jornal O Globo, Ministro afirma: "Ninguém encontrou nada que agredisse minha honra. Também não sou corno e, além disso, não tenho paixão por pessoa do mesmo sexo!"

 

A comunidade GLBT e a sociedade acordaram na manhã de quinta-feira (29 de março) e se depararam com uma declaração preconceituosa do Ministro do Trabalho e presidente do PDT Carlos Lupi ao Jornal O Globo. Ao dizer que o governo investigou sua vida e sua honra, Carlos Lupi fala de forma jocosa que não tem preferência por homens do mesmo sexo e coloca a questão da sexualidade como um dos fatores decisivos para afirmar sua honra e ser escolhido para o Ministério.

 

Além de sugerir que o governo federal avalia, no momento da escolha para um cargo político, a sexualidade de um indivíduo, Carlos Lupi promove um desserviço à promoção da cidadania no país. A comunidade GLBT acredita que um homem público deve ter responsabilidade com a sociedade e compromisso na desefa dos Direitos Humanos. "É lamentável abrir o jornal pela manhã e se deparar com uma notícia dessa natureza, proferida por alguém que deveria primar pelo bom senso e, na condição de Ministro, envidar todos os esforços para que em nosso país prevalecesse o Estado Laico  e o respeito à diversidade" afirma Cláudio Nascimento, Coordenador Político da ONG carioca Grupo Arco-Íris de Conscientização Homossexual.

 

Para Cláudio Nascimento, Carlos Lupi, como Ministro do Trabalho, serve de exemplo não somente para o governo, como também para as empresas. Esse tipo de postura, que trata a homossexualidade como desonra, reforça o preconceito e contribui para justificar a discriminação no mercado de trabalho. "É exatamente para combater esse mal que estamos organizando nos próximos dias, nos dias 10 e 13 de abril, o I Seminário Nacional de Segurança Pública e Combate a Homofobia - evento que reunirá pela primeira vez na história do país, representes governamentais, das academias de polícia e de ativistas homossexuais, bissexuais, travestis e transexuais para discutir conjuntamente a criação e manutenção de políticas públicas de combate à homofobia".

 

Segundo uma pesquisa do Grupo Arco-Íris de Conscientização Homossexual em parceria com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e a Universidade Cândido Mendes, mais de 60% da população GLBT já sofreu algum tipo de discriminação. O preconceito no mercado de trabalho contra GLBT existe e a sexualidade de uma pessoa não pode ser fator determinante de exclusão num processo seletivo, e competência e honra não podem estar atreladas à sexualidade de um indivíduo.

 

O Governo Federal deu um importante passo, quando reconheceu a necessidade de implantar políticas públicas para conter o preconceito e violência contra os homossexuais, lançando em 2004 o Programa Brasil Sem Homofobia - programa que prevê diversas ações na área de trabalho, educação e cultura para promover a diversidade sexual. "Esperamos que, como Ministro do Trabalho, Carlos Lupi tenha conhecimento dessas ações que o programa prevê e que trabalhe para colocá-las em prática", diz Cláudio Nascimento.

 

A população GLBT exige, então, uma retratação do Ministro do Trabalho .

Convite para conferência  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes
março 28,
2007

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA

IEG- INSTITUTO DE ESTUDOS DE GÊNERO

III SEMANA DE HISTÓRIA

 

"Conversa sobre a trajetória do feminismo no período da ditadura no Brasil"

Maria L ygia Quartim de Moraes

Professora de Sociologia da UNICAMP

 

Dia 29/03 - 9:15h

SALA 331/CFH

Minha nova turma de doutorado na aula da Profa. Carmen Rial  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes
março 28,
2007


Lançamento de Livro  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes
março 27,
2007


EDITORA MULHERES
 
LANÇAMENTO
 
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Alinne Bonetti & Soraya Fleischer (orgs). Entre saias justas e jogos de cintura. 2007. R$ 55,00.

 
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"Costuma-se dizer que não há uma "receita de bolo" para realizar uma boa etnografia. Mas acreditamos que compartilhar as vivências de antropólogas em campo – e sobretudo colocar-se no lugar do outro, imaginando-se naquela situação – muito pode ser útil a outros colegas em circunstâncias semelhantes. Para além de um inventário de possíveis problemas e soluções, os textos aqui reunidos ensinam-nos que fazer etnografia é, sobretudo, formular perguntas. Nesse livro, problematizamos mais especificamente como os atributos de gênero e geração influenciaram as saias justas e os jogos de cintura encontrados em campo, justamente pelo fato de serem mulheres em processo de formação acadêmica." (texto da quarta capa)
 
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AUTORAS
Alinne Bonetti l Soraya Fleischer l Carmen Susana Tornquist  l Mônica Dias l Larissa Pelúcio l Nádia Elisa Meinerz l Paula Sandrine Machado lFernanda Noronha l Andréa de Souza Lobo l Kelly Cristiane da Silva l Daniela Cordovil l
Diana Milstein l Patrícia de Araújo Brandão Couto l Isabel Santana de Rose l Claudia Fonseca

 
PEDIDOS
Editora Mulheres
Fone/Fax: (048) 3233-2164
e-mail: editoramulheres@floripa.com.br
 

Ministra Nilcea participa amanha de discussao sobre a feminizacao da aids promovido pelo DFID  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes
março 26,
2007

Ministra Nilceá participa de encontro para discutir a feminização do HIV/AIDS que será transmitido pela internet
Iniciativa do DFID reunirá especialistaspara discutir o tema.

Tarça-feira, dia 27 de março, a partir das 9h, o DFID transmite encontro para discutir a feminização das Doenças sexualmente transmissíveis pela internet através do endereço: <http://www.aids.gov.br/mediacenter/ >

As políticas para o combate à epidemia do HIV/AIDS no Brasil se desenvolveram consideravelmente durante os anos 90 e são internacionalmente reconhecidas, principalmente por seu foco na garantia de direitos, na prevenção, no tratamento e na cooperação internacional. Estas políticas têm auxiliado na estabilização da epidemia no Brasil, mas dados da UNAIDS indicam que os índices de infecção ainda são altos e estão ocorrendo através de transmissão heterossexual. Mulheres, jovens e pessoas vivendo em situação de pobreza são mais vulneráveis à infecção. Qual a razão?

O Brasil não está sozinho no enfrentamento desta nova fase da epidemia. Na América Latina de uma forma geral, o progresso em direção ao Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM) relacionado à AIDS tem sido lento, sendo múltiplos os desafios enfrentados pelos programas nacionais da região para a geração de resultados. Tais desafios incluem o aumento da eficiência de recursos financeiros investidos, a prestação de assistência técnica em tempo hábil, o fortalecimento dos sistemas de saúde pública, a redução do estigma e discriminação e o aumento da abrangência da proteção social para pessoas vivendo com HIV/AIDS. Estamos fazendo o suficiente para assegurar que o lento progresso do ODM de igualdade de gênero não esteja sendo um obstáculo para um melhor progresso do ODM relacionado à AIDS?

De acordo com o Programa Nacional de DST/AIDS, a proporção de infecções entre homens e mulheres no Brasil é de 1,4 homens para cada nova mulher infectada. Em alguns grupos, no entanto, o número de mulheres vivendo com o vírus é maior do que entre os homens, principalmente entre pessoas jovens. O Programa Nacional se debruça agora sobre esta questão e lança uma nova política para lidar com a crescente transmissão heterossexual e, em particular, com o desafio de alcançar as mulheres no Brasil. Existe uma parceria surpreendente entre o Programa Nacional de DST/AIDS e a Secretaria de Política para as Mulheres impulsionando esta política. Conseguirá esta iniciativa fazer a diferença e que princípios ela aplicará para combater a feminização da epidemia da AIDS no Brasil? Pode sua implantação indicar o caminho para a América Latina?

Terceiro diálogo sobre gênero e desigualdade

Este Diálogo sobre Gênero e Desigualdade é o terceiro de uma série de diálogos promovidos pelo DFID no Brasil. Os diálogos objetivam incentivar o debate entre vários atores sociais e políticos, além de reunirem especialistas e instituições para refletir sobre a relação entre as questões de gênero e as várias faces da desigualdade. O primeiro Diálogo, realizado em Outubro de 2006, explorou o relacionamento entre gênero e desigualdade no contexto do desenvolvimento sócio-econômico. O segundo Diálogo ocorreu em novembro 2006 e explorou as desigualdades de gênero em relação à participação política e cidadania das mulheres. Este terceiro Diálogo busca facilitar o debate sobre gênero e políticas de direitos no contexto do HIV/AIDS, apresentando o contexto no se dá o lançamento d a estratégia brasileira para o enfrentamento da feminização da epidemia do HIV/AIDS (Plano Nacional de Enfrentamento da Feminização da Epidemia do HIV/AIDS). Este plano requer uma forte cooperação entre diferentes instituições do governo brasileiro e, portanto, consiste em uma importante iniciativa para enfrentar a feminização da epidemia do HIV/AIDS.

Programação
9h - Boas vinda do DFID Brasil;
9h15 - Quais são os principais desafios do Brasil para conter a feminização da epidemia?
· Plano Nacional para o Enfrentamento da Feminização da Epidemia do HIV/AIDS Ministra Nilcéa Freire - Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM)
· Ações estratégicas dentro do Plano Nacional para o Enfrentamento da Feminização da Epidemia do HIV/AIDS, Mariângela B. Galvão Simão - Diretora do Programa Nacional de DST/AIDS
10h - Os programas nacionais de AIDS estão fazendo o suficiente com relação à feminização da epidemia da AIDS na América Latina? Que medidas podem fazer a diferença, no Brasil?
· Telva Barros - UNAIDS/Panamá
10h30 - Debatedora:
América Latina - Mabel Bianco, Fundación para Estudio e Investigación de la Mujer, . Coordinadora Grupo Internacional de Mujer y SIDA , miembro del Grupo de Referencia en Derechos Humanos de ONUSIDA.
Brasil - Maria José Araújo - Área Técnica da Saúde da Mulher - Ministério da Saúde
11h - Pausa para o café
11h15 - Respostas selecionadas da comunidade internacional
· Representante UNFPA - Alanna Armitage
· Representante UNICEF - Marie Pierre Poirier
12h - Discussão
13h - Almoço
14h30 - Mesa renda: Ações conjuntas entre diferentes atores sociais para o fortalecimento do combate contra a feminização da epidemia e aspectos sócio-culturais: classe, raça, gênero, religião, educação e estereótipos.
· Jurema Werneck - Criola,
· Cristina Castelo Branco - Eduacadora
· Regina Lasmar - Movimento de Cidadãs Positivas/Bahia
· Gabriela Leite - Rede Brasileira de Prostitutas
· Yury Puello Orozco - Rede Católicas pelo Direito de Decidir
· Kátia Guimarães - Programa Nacional de DST/AIDS
· Kátia Edmundo - CEDAPS/Rio de Janeiro
· Maria Ines Barbosa - UNFEM
16h30 - Pausa para o café
16h45 - Debates