O Congresso Nacional tem uma enorme dívida com a comunidade brasileira de gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros. Com essa cobrança, foi aberto, nesta quarta-feira, o terceiro seminário nacional promovido por diversas entidades da sociedade civil, além das comissões de Direitos Humanos, de Legislação Participativa e de Educação e Cultura. O presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros, ABGLT, Marcelo Nascimento, destacou que a aprovação de um marco legal contra a discriminação é a principal reivindicação do movimento.

"Mudaria substancialmente o cotidiano dos GLTB na medida em que somos vítimas diariamente de discriminações, violações as mais diversas, violência física. A existência de um marco legal não tenho dúvidas de que contribuiria significativamente para diminuir o impacto da violência e da discriminação contra o GLTB em nosso país"

O secretário-executivo da Frente Parlamentar pela Livre Expressão Sexual, deputado Luciano Zica, do PT paulista, é autor de um substitutivo que reúne vários projetos que criminalizam a discriminação por orientação sexual e, durante o seminário, defendeu a aprovação da matéria.

"Ninguém pode ser discriminado por escolher uma forma de amar diferente da convencional. O Congresso tem o dever de garantir o direito dos cidadãos e das cidadãs de exercerem a sua sexualidade sem qualquer tipo de preconceito"

Dados do Grupo Gay da Bahia apontam que a homofobia foi responsável por mais de 2 mil assassinatos no país nos últimos 20 anos.

De Brasília, Mônica Montenegro

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