Divulgando: Rede Brasileira de Antropologia Feminista  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes

Prezadas e prezados,

 

No VII Seminário Internacional Fazendo Gênero acontecerá a Reunião para a Constituição da Rede Brasileira de Antropologia Feminista , no dia 29.08.06, às 17:45 hs, na sala 309 do prédio do CFH/UFSC, Florianópolis, SC.

 

Em novembro de 2005, na cidade de Montevidéu, Uruguai, durante a VI Reunião de Antropologia do Mercosul, algumas antropólogas se reuniram para constituir a Rede de Antropologia de Gênero MERCOSUL ( Redagem). Na 25ª Reunião Brasileira de Antropologia (RBA), realizada em junho de 2006 em Goiânia, em dois momentos, numa reunião durante o evento e no Workshop "Reflexões Avançadas em Gênero, Sexualidade e Saúde Reprodutiva", se discutiu a necessidade de organizar um grupo ou uma rede brasileira.

 

A principal proposta das discussões no Goiás foi a decisão de se realizar uma primeira reunião para debatermos e refletirmos sobre o que seria a nossa rede de Antropologia Feminista.  

 

No Brasil há uma histórica e intensa produção de antropólogas que se consideram feministas. No entanto, até hoje não há uma organização em torno do que seria a Antropologia Feminista Brasileira, semelhante aos moldes do que existe, por exemplo, nos Estados Unidos, a Association for Feminist Anthropology/ AFA (ver http://sscl.berkeley.edu/~afaweb/). Acreditamos na necessidade de se debater sobre o caráter político dessa produção, discutir seus impactos e instituir um espaço mais permanente para a discussão dessa vertente da disciplina antropológica.

 

Alguns temas foram sugeridos para nortear os interesses e a agenda dessa rede, tais como: Desigualdades (que envolvam marcadores sociais de sexo, raça, idade, classe, orientação sexual, etc); Sexualidades não reprodutivas e reprodutivas; Gênero; Trans/Homo/Heterossexualidades; Parentescos, conjugalidades e parentalidades; Poder; Política e movimentos sociais; Migrações e transnacionalidade; Corpo, corporalidade, modificações corporais; Saúde, adoecimento, sistemas médicos; Violências; Religiões; Direitos Humanos; Mercado de trabalho e de consumo; etc.

 

Algumas linhas teóricas também foram sugeridas, como: Feminismo e etnografia; Impacto do feminismo (e/ou da Antropologia Feminista) na Antropologia brasileira; Disciplinariedade e interdisciplinariedade (ou a relação da Antropologia Feminista com outras disciplinas); Interseccionalidades (imbricação entre gênero, classe, raça, sexualidade, religião, etc); Teorias de poder e agency; Relação entre a militância e a pesquisa feministas; Demandas não acadêmicas para antropólogas feministas (consultorias, ONGs, OGs, etc.); Dilemas éticos, metodológicos, teóricos para a Antropologia Feminista etc.

 
 
E, por fim, teríamos uma pauta organizacional sobre a qual poderemos começar a pensar: Como funcionará a rede? Que tipo de estrutura administrativa e institucional assumirá? Que tarefas aglutinará ( e.g. transmitir informações, organizar eventos dentro dos encontros maiores etc.)? Onde poderá procurar recursos para eventos, prêmios específicos, pesquisas?

 

 Assim, convidamos antropólogas e antropólog os interessados a comparecer e contribuir para a constituição dessa rede!

 

Apóiam essa iniciativa: Núcleo de Antropologia e Cidadania (NACi/UFRGS), Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS/UFSC) e Pagu - Núcleo de Estudos de Gênero (Unicamp).  

 

 Alinne Bonetti   (Doutoranda em Ciências Sociais/Unicamp)        
                    
 Rozeli Porto         (Doutoranda em Antropologia Social/UFSC)
 

 Soraya Fleischer (Doutoranda em Antropologia Social/UFRGS)

                                                                                  

 

Maiores informações sobre o VII Seminário Internacional Fazendo Gênero em  http://www.fazendogenero7.ufsc.br/

This entry was posted on segunda-feira, julho 24, 2006 .