ONGs querem frente contra homofobia  

Postado por Felipe Bruno Martins Fernandes

Jornal O Tempo-MG

Sábado, 27 de Janeiro de 2007, 00h02
DANIEL BARBOSA

A comunidade GLBT quer a adesão de políticos às causas de interesse do
movimento gay. Para tanto, a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e
Transgêneros (ABGLT) está fazendo um mapeamento dos parlamentares que são
aliados no combate à homofobia e na defesa dos direitos dos homossexuais.
Em Minas, o grupo Cellos é que está à frente da ação. "A idéia é compor uma
frente parlamentar em prol da livre orientação sexual. Mandamos uma carta de
congratulações aos deputados eleitos e vamos começar a marcar reuniões com
todos eles para que venham a compor essa frente", diz Carlos Magno, diretor
do Cellos.
Ele diz que a idéia é fazer com que políticos, de uma forma geral, se
comprometam, assinando um documento, a apoiar a causa gay.
"Trata-se simplesmente de cobrar um posicionamento contra as leis que atacam
nossos direitos", diz, referindose a projetos como o que propõe o auxílio a
homossexuais que estejam em busca de "cura".
"São propostas descabidas apresentadas, na maioria dos casos, pelas bancadas
evangélicas. Queremos nos articular com os parlamentares no sentido de vetar
esse tipo de coisa. Essa frente parlamentar é fundamental para que a gente
saiba quem são os deputados que lutam por nossos direitos", diz.
Ele diz que uma das ações relativas a esse mapeamento dos políticos aliados
foi o envio de cartas para os senadores eleitos pedindo que se posicionem a
favor do projeto de criminalização da homofobia.
"Esse projeto já está tramitando no Congresso e, em seguida, será votado no
Senado", explica. Ele considera que, no geral, os políticos ainda sustentam
uma postura que é contrária aos direitos dos homossexuais.
"Se não é contrária, é, no mínimo, omissa. Mesmo com toda a força que o
movimento gay tem no Brasil, ainda temos muitas dificuldades para aprovar
projetos do nosso interesse", considera.

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