Colegas de trabalho, amig@s e demais frequentador@s do Blog,

Gostaria de compartilhar um momento difícil que passei. Na sexta feira fui a uma atividade sobre aborto e depois tomar uma cerveja com colegas. Quando cheguei em casa meu apartamento havia sido arrombado, remexido completamente e roubado. Estou muito triste com a situação, mas feliz que minha integridade física foi poupada. Não estive presente no momento do arrombamento. Outros apartamentos também foram arrombados.

Dói um pouco o fato de que, mesmo desestruturado, ter conseguido comprar alguns equipamentos que possibilitassem meu conforto e distração. Fico feliz porque não encontraram meu notebook, este foi poupado.

Todos os meus papéis e livros foram jogados no chão, louças quebradas, porta quebrada. Meu apartamento foi o mais lesado do prédio.

Aproveitando a situação para uma análise, lembro que tanto os políciais como o delegado disseram que pelo estado em que estava a casa e os itens furtados @ criminos@ talvez seja um@ viciad@ em drogas. Como el@ não roubou minha televisão os policiais disseram que era porque esta era de difícil transporte e troca no morro. Teço um paralelo com as "cenas típicas" analisadas por Carrara em sua palestra sobre violência contra homossexuais.

Este é o lugar que falo: medo, insegurança e tristeza.

Mas também creio que a resiliência é característica dos mais felizes.

Não abaixarei a cabeça para a criminalidade. Já convoquei uma reunião no condomínio. Hoje optei por passar a noite na casa de um amigo na Armação. Trabalhei e estou lendo.... Tentei ver baleias mas não consegui.

Na segunda pela manhã marquei com o chaveiro e pedi a ele que transformasse minha porta em uma fortaleza medieval.

A solidariedade d@s companheir@s é importante neste momento.

Abraços,

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Felipe Bruno Martins Fernandes