CRICIÚMA – "Teremos greve a partir do dia 6", foi afirmação do diretor estadual do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) após assembléia regional realizada ontem, no auditório do Colegião, com professores e diretoria do sindicato. A decisão foi tomada após votação por unanimidade contra o comunicado da Secretaria Estadual de Educação em manter a proposta do Prêmio-educação, que equivale ao abono sem anexação de R$ 200,00, dividido em duas parcelas, sendo a primeira de R$ 100,00 em março e a segunda de mais R$ 100,00 em agosto.

Os trabalhadores da educação fizeram contra-proposta solicitando a incorporação do abono e o reajuste do piso salarial que é de R$ 509,00 para R$ 650,00. "Temos o pior piso salarial do Estado e um dos piores do Brasil. Se não tiver acordo, e parece que não vai ter, vamos para no dia 5 de março", enfatiza Ledra. No dia 5, uma paralisação estadual ocorrerá juntamente com assembléia geral, para que no dia 6 de março inicie a greve dos professores de Santa Catarina.

Para o diretor estadual do Sinte, a decisão final será tomada somente após reunião geral na próxima semana, mas Danilo Ledra já comunica que o momento é para greve. "Vamos colocar em votação, mas as lideranças regionais estão sinalizando para greve geral na próxima quinta-feira. Na quarta teremos a assembléia", reforça o sindicalista. Para os trabalhadores, o governo não deve mexer na proposta que fez referente aos R$ 100,00 de bonificação.

O Governo do Estado estima que a folha do magistério, levando em conta o crescimento com promoções, méritos, cursos e triênios, aumentará em 2008, quase 12%. Segundo o secretário Paulo Bauer, "o estímulo aos docentes será coberto através da utilização dos 25% destinados pela Constituição para a educação pública e não comprometerá a obrigação que o Governo tem de destinar, no máximo, 50% da arrecadação total do Estado com a remuneração de servidores, conforme estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal", conclui.