31-08-2007 14:37:36 - Homofobia , Identidades e Cidadania LGBTTT em discussão na UFSC
A cada dois dias em média uma pessoa é assassinada no Brasil por conta de sua orientação sexual; casais de homossexuais enfrentam inúmeras barreiras jurídicas para estender direitos à@ companheir@, adotar crianças; os contextos das relações sociais, empregatícias e de consumo se alteraram a partir do crescimento da visibilidade LGBTTT e suas reivindicações; gays, lésbicas, transexuais, travestis e transgêneros têm suas vidas afetadas por preconceitos. Por quê?
A homofobia – ódio ou intolerância expressa contra os
homossexuais – perpassa todas essas questões e sua discussão reunirá pesquisadores, representantes de movimentos sociais e do poder público de várias partes do País e da América Latina, no Seminário Homofobia, Identidades e Cidadania LGBTTT, dias 5 e 6 de setembro, no Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina (CFH/UFSC), em Florianópolis. Cerca de 300 pessoas se inscreveram para debater o tema nas seis mesas-redondas e 10 grupos de trabalho, apostando no diálogo entre academia, movimentos sociais e poder público.
A organização é do Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS/UFSC) e da Rede de Pesquisa Parceria Civil, Conjugalidades e Homoparentalidade no Brasil, com o suporte da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc), Programa de Equidade de Gênero da Eletrosul, Programa Nacional de DST/AIDS do Ministério da Saúde, Gerência Estadual das DST e AIDS de SC, Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos (CLAM), Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) e NEPREs da Secretaria de Estado da Educação.
"O importante é que esse seminário abre a possibilidade de escuta de muitas vozes", diz a professora do Departamento de Antropologia do CFH/UFSC e coordenadora do evento, a antropóloga Miriam Grossi. Impressionada com o número de trabalhos científicos inscritos – mais de 90 –, a professora afirma que essa é uma evidência do impacto das pesquisas realizadas ou em andamento: "isso mostra que já é um campo consolidado".
Enfoque Plural
Se a diversidade está presente entre os participantes, também é a marca dos temas de mesas-redondas, grupos de trabalho e pôsteres. Nas seis mesas programadas para os dois dias do evento, serão discutidos, dia 5 de setembro, "Homofobia e segurança pública", "Movimento LGBTTT e políticas de saúde e preevenção às DSTs/AIDS", Identidades lésbicas; e dia 6, "Parceria civil, conjugalidades e homoparentalidades", "Travestilidades e transexualidades" e "LGBTT – comportamento do consumidor, empregabilidade e sociabilidades".
São 10 os grupos de trabalho. Além de artigos correlacionados às temáticas das mesas, representações da mídia sobre sexualidades e identidades de gênero, educação e combate ao sexismo e à homofobia, religião e ética são assuntos também contemplados nesses espaços de debate.
Violências – Pesquisas como a realizada pela equipe coordenada pelo antropólogo do CLAM Sérgio Carrara, no Rio de Janeiro, revelam que um terço dos crimes que atingem homossexuais é de latrocínio contra gays; outro terço, execuções de travestis; e há ainda violências fatais geradas por conflitos, mortes suspeitas e passionais. Dos processos investigados por essa pesquisa, mais da metade foi arquivada.
O casamento entre homossexuais, a extensão de direitos a@s companheir@as e a adoção de crianças, entre outros, são também temas de debate e reflexão atual da sociedade brasileira. Dois livros a respeito serão lançados durante o seminário: Homossexualidade e adoção, da professora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Anna Paula Uziel, e Conjugalidades, parentalidades e identidades lésbicas, gays e travestis, organizado por Miriam Grossi, Anna Paula Uziel e Luiz Mello (Universidade Federal de Goiás). Segundo Miriam Grossi, a representação social sobre adoção de crianças por casais homossexuais, por exemplo, tem mudado, apesar de ainda serem tímidas as decisões jurídicas favoráveis. No prefácio que escreveu ao livro de Anna Paula, ela lembra a evidência que o assunto acabou ganhando após a morte de Cássia Eller, com a luta de sua companheira, Maria Eugênia, para ter a guarda do filho da cantora.
Fonte: Jornalista Carla Cabral, com a colaboração de Miriam Grossi e Rosa Oliveira
Informações:
Coordenadores do evento:
Professora Miriam Grossi - 9923-5123 ou miriamgrossi@gmail.com Rosa Oliveira:9926-3794 ou rosa_mro@yahoo.com.br
Felipe Fernandes : 8829-3359 ou complex.lipe@gmail.com
Informações com o NIGS: 37 21- 9890 ramal 25
Programação do Seminário em: www.nigs.ufsc.br/seminariolgbttt
Leia também:
Coletânea debate novos arranjos familiares e parcerias numa perspectiva transdisciplinar
A homofobia – ódio ou intolerância expressa contra os
homossexuais – perpassa todas essas questões e sua discussão reunirá pesquisadores, representantes de movimentos sociais e do poder público de várias partes do País e da América Latina, no Seminário Homofobia, Identidades e Cidadania LGBTTT, dias 5 e 6 de setembro, no Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina (CFH/UFSC), em Florianópolis. Cerca de 300 pessoas se inscreveram para debater o tema nas seis mesas-redondas e 10 grupos de trabalho, apostando no diálogo entre academia, movimentos sociais e poder público.
A organização é do Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS/UFSC) e da Rede de Pesquisa Parceria Civil, Conjugalidades e Homoparentalidade no Brasil, com o suporte da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc), Programa de Equidade de Gênero da Eletrosul, Programa Nacional de DST/AIDS do Ministério da Saúde, Gerência Estadual das DST e AIDS de SC, Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos (CLAM), Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) e NEPREs da Secretaria de Estado da Educação.
"O importante é que esse seminário abre a possibilidade de escuta de muitas vozes", diz a professora do Departamento de Antropologia do CFH/UFSC e coordenadora do evento, a antropóloga Miriam Grossi. Impressionada com o número de trabalhos científicos inscritos – mais de 90 –, a professora afirma que essa é uma evidência do impacto das pesquisas realizadas ou em andamento: "isso mostra que já é um campo consolidado".
Enfoque Plural
Se a diversidade está presente entre os participantes, também é a marca dos temas de mesas-redondas, grupos de trabalho e pôsteres. Nas seis mesas programadas para os dois dias do evento, serão discutidos, dia 5 de setembro, "Homofobia e segurança pública", "Movimento LGBTTT e políticas de saúde e preevenção às DSTs/AIDS", Identidades lésbicas; e dia 6, "Parceria civil, conjugalidades e homoparentalidades", "Travestilidades e transexualidades" e "LGBTT – comportamento do consumidor, empregabilidade e sociabilidades".
São 10 os grupos de trabalho. Além de artigos correlacionados às temáticas das mesas, representações da mídia sobre sexualidades e identidades de gênero, educação e combate ao sexismo e à homofobia, religião e ética são assuntos também contemplados nesses espaços de debate.
Violências – Pesquisas como a realizada pela equipe coordenada pelo antropólogo do CLAM Sérgio Carrara, no Rio de Janeiro, revelam que um terço dos crimes que atingem homossexuais é de latrocínio contra gays; outro terço, execuções de travestis; e há ainda violências fatais geradas por conflitos, mortes suspeitas e passionais. Dos processos investigados por essa pesquisa, mais da metade foi arquivada.
O casamento entre homossexuais, a extensão de direitos a@s companheir@as e a adoção de crianças, entre outros, são também temas de debate e reflexão atual da sociedade brasileira. Dois livros a respeito serão lançados durante o seminário: Homossexualidade e adoção, da professora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Anna Paula Uziel, e Conjugalidades, parentalidades e identidades lésbicas, gays e travestis, organizado por Miriam Grossi, Anna Paula Uziel e Luiz Mello (Universidade Federal de Goiás). Segundo Miriam Grossi, a representação social sobre adoção de crianças por casais homossexuais, por exemplo, tem mudado, apesar de ainda serem tímidas as decisões jurídicas favoráveis. No prefácio que escreveu ao livro de Anna Paula, ela lembra a evidência que o assunto acabou ganhando após a morte de Cássia Eller, com a luta de sua companheira, Maria Eugênia, para ter a guarda do filho da cantora.
Fonte: Jornalista Carla Cabral, com a colaboração de Miriam Grossi e Rosa Oliveira
Informações:
Coordenadores do evento:
Professora Miriam Grossi - 9923-5123 ou miriamgrossi@gmail.com Rosa Oliveira:9926-3794 ou rosa_mro@yahoo.com.br
Felipe Fernandes : 8829-3359 ou complex.lipe@gmail.com
Informações com o NIGS: 37 21- 9890 ramal 25
Programação do Seminário em: www.nigs.ufsc.br/seminariolgbttt
Leia também:
Coletânea debate novos arranjos familiares e parcerias numa perspectiva transdisciplinar
Fonte: http://www.agecom.ufsc.br/index.php?id=5525&url=ufsc
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on domingo, setembro 02, 2007
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